Moradores do bairro aguardam o início das obras desde outubro do ano passado
O descaso do poder público em relação a construção do reservatório de água no bairro Alto Rosário tem deixado os moradores indignados. O atraso nas obras, além de não cumprir com o combinado, que era iniciar a construção em outubro de 2019, tem afetado, principalmente, o abastecimento de água no bairro.
De acordo com a presidente da Associação de Moradores, Kátia Maria dos Santos Quirino, o reservatório foi desmanchado em agosto de 2019, após a comunidade entrar com uma ação no Ministério Público, solicitando o conserto dele, por oferecer risco aos moradores. “A caixa apresentava rachaduras enormes e vazava muito. Tínhamos medo dela estourar e provocar o pior”, comentou.
A demolição do reservatório foi feita pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) Mariana, que, de acordo com seu corpo técnico, entendeu que não havia possibilidade de recuperação da estrutura. Segundo a autarquia, o recurso investido na recuperação seria quase que o mesmo de um novo reservatório, que será de fibra de vidro, material com maior durabilidade, cerca de 90 anos.
"O abastecimento é feito por outra caixa que temos no bairro. Além de ser pequena, ela já atendia outras ruas. Ou seja, não dá conta. Tem morador que fica cinco dias direto sem água”.
O início das obras, conforme documento que a presidente da Associação tem, seria no dia 10 de outubro do ano passado. “Não começaram nada até agora e, também, nem justificaram o atraso. Falta de cobrar uma resposta não é”, afirmou Kátia.
O Saae explicou que o atraso se deu por causa da pandemia da Covide-19, e garantiu que a empresa responsável pelos trabalhos já está em processo de mobilização para a construção da base onde será montado o reservatório e do muro de contenção, que será necessário para dar segurança ao espaço, porém, não informou a data de início das obras.
ABASTECIMENTO - Desde que o reservatório foi demolido, os moradores do bairro se sentiram prejudicados em relação ao abastecimento. “O abastecimento é feito por outra caixa que temos no bairro. Além de ser pequena, ela já atendia outras ruas. Ou seja, não dá conta. Tem morador que fica cinco dias direto sem água”, afirmou Kátia.
O Saae justificou que, além da ausência do reservatório, a cidade vive um período de poucas chuvas, o que faz com que a oferta de água não seja como em outros períodos do ano.
