top of page

Pandemia afeta a saúde e o bolso dos marianenses

Atualizado: 24 de jun. de 2020

A chegada do coronavírus (Covid-19) afetou, não só a saúde da população, mas, também o bolso de muitos, principalmente de quem trabalha como autônomo. É o caso do artesão Nilton Cezar Gonçalves, que, desde março, interrompeu suas viagens que eram feitas com seu irmão e outro artesão para diferentes cidades. 

Segundo o marianense, são mais de três meses em casa, o que tem impactado, não só a sua renda mensal, mas de outras quinze pessoas que prestam serviços para ele. “O nosso trabalho envolve outras pessoas. Tem o que vende a pedra, o que corta, o que torneia, ou que coloca alça e por aí vai. São muitos chefes de família que estão sendo afetados financeiramente por causa dessa pandemia”, afirmou. 


Para driblar um pouco a crise, Nilton optou por utilizar as redes sociais para divulgar seu trabalho e uma conta no Mercado Livre, mas o que ele arrecada com as vendas não é o suficiente. Na busca de alternativas eficientes, o artesão adaptou seus gastos a sua renda. “Tivemos que fazer cortes nas despesas. Corta ali, corta aqui, tenta ganhar um dinheiro mexendo na roça, mas, vai chegar uma hora que isso não vai resolver, e aí, não sei mais o que poderei fazer”, destacou. 



As panelas que seriam vendidas nas próximas viagens estão amontoadas no galpão do artesão | Portal Ângulo


“O nosso trabalho envolve outras pessoas. Tem o que vende a pedra, o que corta, o que torneia, ou que coloca alça e por aí vai. São muitos chefes de família que estão sendo afetados financeiramente por causa dessa pandemia”

Além das vendas da panela, principal fonte de renda, o artesão alugava seu sítio nos finais de semanas e feriados, mas, por causa da pandemia, todas as reservas foram canceladas. “Como não pode ter aglomeração, ninguém quer alugar o espaço. Não posso contar com o dinheiro das panelas e nem desse aluguel”, afirmou.


O papel do município


Nilton contou que entrou em contato com o secretário de Cultura, Efraim Rocha, a pedido do chefe do executivo, para ver se haveria possibilidade do município fazer algo pelos artesãos. 


Em uma conversa com o secretário, ele nos informou que estavam traçando algumas medidas para amenizar o impacto no bolso, não só dos artesão, mas de todos que desenvolvem atividades autônomas. “O município está preocupado e procurando alternativas para ajudar todos que vivem de alguma atividade autônoma, especialmente àqueles que nãos se enquadraram nos requisitos do Governo para receber o auxílio emergencial”, explicou Efraim.


Enquanto o cenário não muda, a fé é um acalento para Nilton. “A gente pede bastante à Deus para dar tudo certo. Para nos livrar do vírus e iluminar nossa mente para procurar alternativas de renda”, disse o artesão. 

bottom of page