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Prefeitura de Mariana implanta projeto de proteção às vítimas de violência doméstica

Foto do escritor: Eliene SantosEliene Santos

As mulheres serão cadastradas e monitoradas pela Guarda Municipal, que atuará em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil


A cada sessenta segundos, nove mulheres são agredidas no Brasil | Banco de Imagens

O número de mulheres que são agredidas por seus parceiros cresce diariamente em muitas cidades brasileiras. Essas agressões podem ser físicas, psicológicas ou, até mesmo, financeiramente. Em muitos casos, a violência acontece porque as vitimas desconhecem seus direitos e se sentem desprotegidas. Para fortalecer a rede de proteção à essas vítimas, a Guarda Municipal de Mariana, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do município, Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil, está implantando o projeto Patrulha Maria da Penha.



“Muitas mulheres não denunciam as agressões por acreditarem que dependem dos seus parceiros, seja emocionalmente ou, até mesmo, financeiramente. Queremos mostrar à elas que elas podem, sim, seguir suas vidas sozinhas".


De acordo com a secretária Adjunta de Segurança Pública, Raquel Souza, a primeira fase do projeto já está sendo executada. “Em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, estamos fazendo um levantamento de todas as mulheres, em Mariana, que sofrem violência doméstica. Vamos cadastrá-las com seus nomes, endereços e fotos para identificá-las”, explicou.


Em seguida, representantes dos dois setores, além de membros da delegacia da Polícia Civil, farão rodas de conversas com essas mulheres para orientá-las sobre seus direitos e encaminhá-las para o mercado de trabalho, para que elas tenham autonomia financeira. “Muitas mulheres não denunciam as agressões por acreditarem que dependem dos seus parceiros, seja emocionalmente ou, até mesmo, financeiramente. Queremos mostrar à elas que elas podem, sim, seguir suas vidas sozinhas. Além de empoderá-las, pretendemos despertar nelas a ideia de que elas podem atuar em sua defesa ativamente”, destacou Raquel.


PATRULHA PREVENTIVA – Outra ação da Guarda Municipal será a patrulha preventiva, que consiste em visitas diárias às mulheres cadastradas. “Podemos dizer que faremos uma visita para um bate-papo mesmo, para saber como estão as coisas. Essa ação fará com elas se sintam seguras, pois terão acompanhamento diário”, explicou a secretária adjunta, ressaltando que a equipe que fará o patrulhamento será composta por 90% de mulheres. “Só uma mulher pode entender o que outra mulher está passando. Isso é uma forma de deixar essas vítimas mais a vontade para compartilhar seus relatos e formarmos um elo entre nós”.


BOTÃO DO PÂNICO – Um ferramenta que auxiliará o trabalho da Guarda Municipal é o Botão do Pânico, exclusivo para as mulheres cadastradas. Segundo Raquel, o botão poderá ser acionado pelas mulheres caso se sintam ameaçadas pelos agressores. Assim que acionado, a localização da vítima é enviada para os agentes que, imediatamente, se deslocam até o local.


O Botão do Pânico poderá ser acionado pelo celular, através de um aplicativo. Para quem não tem celular ou acesso à internet, a prefeitura irá disponibilizar o botão analógico, que, além de enviar a localização, inicia uma gravação, assim que acionado, e envia para a central de monitoramento da Guarda. O material gravado é encaminhado para a Policia Civil e Ministério Público, podendo ser utilizado no processo contra o agressor.


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