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Solidariedade em meio à pandemia: marianense costura máscaras e doa para a população

Atualizado: 24 de jun. de 2020


Portal Ângulo
Ângela dedica horas dos seu dia, de segunda a segunda, para confeccionar as máscaras. | Portal Ângulo


Além do medo, o coronavírus (Covid-19) tem despertado outro sentimento nos brasileiros: a solidariedade. Em diversas cidades do país, tem sempre alguém com uma ação solidária que tem como objetivo ajudar quem tanto precisa nesta pandemia. Em Mariana, não é diferente. Em Bandeirantes, distrito localizado a 12 quilômetros do centro da cidade, Ângela Maria da Silva Souza, confecciona máscaras para serem doadas.

De acordo com a dona de casa, a ideia surgiu após uma conversa com sua irmã. “Sabia costurar, mas nunca tinha feito máscaras. Depois de receber um pedido, fui na minha irmã para que ela me mostrasse um modelo. Durante nossa conversa, ela comentou que se tivesse mais tempo, faria máscaras para doar. Na mesma hora decidi que faria isso”, disse com um sorriso no rosto e um forte brilho no olhar.


Ângela juntou todos os panos que encontrou em sua casa, produziu um grande número de máscaras, higienizou e anunciou em grupos de WhatsApp. No dia seguinte, pessoas da comunidade e de outras cidades estavam em sua porta. “Eu fiquei tão feliz quando parou um carro com quatros homens que iam para Lafaiete, me perguntando se era aqui que estavam doando máscaras”, comentou. Além de distribuí-las na porta de sua casa, Ângela montou uma árvore próximo a Unidade de Saúde de Bandeirantes para pendurar as máscaras, deixando-as à disposição de quem quisesse.


“Eu fiquei tão feliz quando parou um carro com quatros homens que iam para Lafaiete, me perguntando se era aqui que estavam doando máscaras”



Nem a dificuldade para enxergar, nem as dores nas costas, foram motivos para impedi-la de costurar. Além da sua vontade de querer tornar este momento de pandemia menos preocupante para alguns, o sorriso no rosto de quem recebia uma das máscaras, era e continua sendo o principal motivo para sentar-se em frente à máquina, de segunda a segunda, por horas. “Eu fico tão feliz em saber que estou ajudando outros, pois nem todos tem condições de comprar sua máscara. Não há dificuldade que me pare, não há dinheiro que me pague. Faço o que faço porque gosto e, enquanto eu puder, continuarei costurando”, disse.

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