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Jovem de Cachoeira do Brumado afirma ter sido agredido por Guarda Municipal de Mariana

Segundo relatos do cachoeirense, ele levou chutes e foi atingido com spray de pimenta e nove balas de borracha


De acordo com o jovem, as balas de borracha deixaram marcas em seu corpo | Imagem cedida

Um jovem de 18 anos, morador de Cachoeira do Brumado, distrito de Mariana, afirma ter sido agredido por agentes da Guarda Municipal da cidade com chutes, spray de pimenta e nove balas de borracha, na madrugada desse domingo, 30.


De acordo com o cachoeirense, que prefere não se identificar, ele estava com amigos em um bar na Barroca, comunidade que pertence ao distrito. Próximo ao estabelecimento, havia algumas pessoas com som automotivo ligado, sendo esse o motivo da presença da Guarda Municipal. “Eles pediram para o pessoal desligar e fizeram isso. Mesmo assim, jogaram bombas”, conta.




“Eu conheço meu filho e sei que ele é uma pessoa de bem. Ele foi agredido injustamente, de forma cruel. Precisamos agir para que isso não aconteça novamente”




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Ao perceber a confusão, o jovem disse que saiu do bar e se preparava para ir para casa, mas foi abordado e agredido por um dos agentes. “Um guarda me parou e começou a me chutar e quando perguntei o motivo de estar me chutando, ele me mandou calar a boca e jogou spray de pimenta. Depois disso, não consegui ver mais nada. Só senti dores nas costas. Eram as balas de borracha que outro guarda havia atirado”, relembra.


Inconformado com a situação, ele e sua mãe registraram um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e apresentaram uma reclamação na Corregedoria da Guarda Municipal de Mariana, nesta segunda-feira, 31. Além disso, informaram que amanhã, terça-feira, apresentarão o fato para a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara de Vereadores da cidade para solicitar a apuração e, se possível, o afastamento dos agentes. “Eu conheço meu filho e sei que ele é uma pessoa de bem. Ele foi agredido injustamente, de forma cruel. Precisamos agir para que isso não aconteça novamente”, disse a mãe do jovem, que também não quis se identificar.




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O que diz a pasta


Após conversar com o jovem, a equipe do portal Ângulo entrou em contato com o secretário de Defesa Social, Antônio Marcos Ramos de Freitas, que informou que os 10 agentes foram até a comunidade da Barroca atender um pedido dos moradores. “Recebemos mais de 15 chamadas na Central sobre uma festa com som alto. Diante disso, enviamos duas patrulhas até o local”, disse o responsável pela pasta.


O secretário informou que os agentes pediram aos proprietários dos veículos para abaixar o som e algumas pessoas que estavam presentes no local atacaram os profissionais com pedras e garrafas. “Os guardas agiram, utilizando armas não letais, para dispersar a multidão e controlar a situação”, afirma.


Sobre a agressão, Antônio Marcos disse que foi registrado uma reclamação por parte do jovem e de sua mãe e que agora aguarda a perícia da Polícia Civil para iniciar a apuração dos fatos. O secretário também ressaltou que irá ouvir testemunhas para constar no processo.




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Questionado sobre o afastamento dos profissionais durante o processo de apuração, o responsável pela pasta informou que isso não é possível, pois o departamento ficaria sem agentes. “Se eu afastar os 10, fico sem nenhum, pois, hoje, 23 estão com Covid. Então, vamos apurar direito, seguindo o prazo legal, e, quando for o momento, tomar as medidas cabíveis”, disse.



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