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Órgão Arp Schnitger retorna a Mariana após restauração na Espanha

  • Foto do escritor: Eliene Santos
    Eliene Santos
  • 9 de set.
  • 2 min de leitura

Próximo passo será a vinda do responsável pela montagem e afinação do instrumento


Divulgação | Arquidiocese de Mariana
Divulgação | Arquidiocese de Mariana


Nesta semana, a Catedral da Sé, em Mariana, voltou a receber parte das peças do órgão Arp Schnitger, um dos mais raros do mundo, que passaram por restauro na Espanha. A chegada dos someiros foi acompanhada por representantes civis e pela comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Assunção.


Em março, a Arquidiocese de Mariana já havia realizado a cerimônia de assinatura do Protocolo de Envio, autorizando a ida do instrumento, datado do século XVIII e doado à antiga Diocese de Mariana em 1748 por Dom João V, para o processo de restauração internacional.


Segundo a responsável técnica pelo projeto, Deise Lustosa, o trabalho revelou uma condição mais crítica do que a esperada. Muitas partes do órgão estavam seriamente comprometidas por cupins, mesmo sendo construídas em madeira de carvalho, que raramente sofre esse tipo de ataque. “Quando foram desmontadas na Espanha, verificaram que a condição era muito pior, a gente tinha uma vasta condição de perda e de ataque de peças muito, muito antigas. Elas foram substituídas por peças novas, também em carvalho-seco”, relata.


O diagnóstico inicial sobre a preservação já havia sido feito há quatro anos, mas, de acordo com Deise, esta fase da restauração foi a mais complexa até agora.


O reitor da Catedral, padre Geraldo Dias Buziani, comemorou a chegada das peças intactas após a longa viagem de mais de 8 mil quilômetros e quatro meses fora do país. Ele destacou que o próximo passo será a vinda do organeiro Fréderic Desmottes, responsável pela montagem e afinação do instrumento. “É um momento de muita alegria, temos agora a possibilidade continuar o processo de montagem do órgão para ele voltar às suas funções litúrgicas e culturais com os concertos”, expressou o sacerdote.


A restauração do órgão é financiada pelo Fundo Municipal de Patrimônio e Cultura de Mariana, com recursos deliberados pelo Conselho do Patrimônio Cultural (COMPAT), em parceria entre a Arquidiocese e a prefeitura.


O instrumento foi adquirido em Lisboa por Dom João V, de uma igreja franciscana, e doado posteriormente a Mariana por seu filho, Dom José I, como celebração da criação da Diocese. Com 17 registros distribuídos em dois teclados, o órgão sempre desempenhou papel central em cerimônias religiosas e apresentações culturais.


Nas décadas recentes, passou por diferentes processos de recuperação: na Europa, nos anos 1980, após quase meio século de silêncio; em 2002, com nova manutenção que o manteve em funcionamento até 2016, quando a Catedral precisou ser fechada para obras. Em 2022, iniciou-se a remontagem, mas problemas em peças essenciais adiaram sua plena reativação.

 
 
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