Na audiência, a ideia de expandir o modelo para outras universidades mineiras foi pauta

Recentemente, a Ouvidoria Feminina da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) foi homenageada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pelos relevantes serviços prestados no acolhimento e na orientação jurídica de mulheres em situação de violência.
Durante a audiência pública, autoridades discutiram a expansão desse modelo pioneiro para outras instituições de ensino superior em Minas Gerais, como a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e a Fundação João Pinheiro. O objetivo é replicar o sucesso do programa da UFOP, que tem se destacado pela sua atuação nas comunidades acadêmicas e nas regiões de Ouro Preto e Mariana.
Institucionalizada em 2019, a Ouvidoria Feminina da Ufop é um projeto de extensão do Núcleo de Direitos Humanos da universidade. Ela atua a partir de normas e procedimentos a serem adotados para casos de violência contra a mulher no âmbito da instituição, compreendendo os seus limites geográficos, os locais de atividades e de convivência acadêmica e as moradias universitárias.
As mulheres são acolhidas e as denúncias, sigilosas, são formalizadas, com a possibilidade de instauração de processo administrativo. Uma comissão, de maioria feminina, verifica a autoria e materialidade. Não há contato com o denunciado, a repetição do relato é evitada, para poupar as vítimas, e é dada publicidade ao resultado.