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Cadê a banda que tocava ali?

Algumas Sociedades Musicais de Mariana cobram respostas sobre a realização do projeto Banda na Praça e sobre o repasse da subvenção


Prefeitura de Mariana

Em Mariana, era comum passar pela Praça Gomes Freire (Jardim) aos domingos e deparar-se com uma das 11 bandas da cidade se apresentando ali. Essas apresentações eram frequentemente realizadas por meio do projeto da prefeitura, conhecido como Banda na Praça. No entanto, nos últimos meses, a ausência desse evento tem causado preocupação para algumas sociedades musicais locais.




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“Nossa última apresentação no Banda na Praça foi em novembro do ano passado. Em maio conversei com o ex-secretário de cultura e ele me disse que iriam marcar uma conversa, mas, não aconteceu. Os músicos perguntam e não sabemos o que falar sobre o projeto, porque ninguém nos dá notícias”, disse o presidente de uma das bandas da cidade que preferiu não se identificar.


Segundo ele, as apresentações por meio do projeto Banda na Praça eram umas das poucas que a sociedade fazia fora do distrito ao qual ela está inserida, e isso motivava os músicos a comparecerem aos ensaios. “Eles querem ensaiar para apresentar. Quando a gente falava que iria ter apresentação no Jardim todos ficavam empolgados”, destaca.


Marianenses, principalmente aqueles que estavam presentes quase todos os domingos, também sentem falta das apresentações das bandas na Praça Gomes Freire. “Sinto falta, assim como inúmeras pessoas com quem convivo. O Banda na Praça harmoniza o ambiente, traz um tom festivo e agradável e faz com que todos que estão na Praça fiquem felizes ótimas bandas, que é o que temos em nossa cidade. Este programa, além de fortalecer e aproximar as bandas, é importante para a comunidade. Você vê todos felizes, ouvindo músicas de alto valor”, destaca dona Hebe Rola.



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Subvenção


Outra preocupação de algumas bandas é referente à subvenção, recurso repassado pela prefeitura todos os anos. “É uma instituição sem fins lucrativos. A única verba que recebemos é essa, que nos ajuda a comprar e reformar instrumentos, uniformes, pagar contas de luz e outros gastos necessários. Estamos no meio do ano e nada até agora. O problema é que nem dão esclarecimentos sobre isso”, afirmou o presidente.


Para algumas bandas, o recurso é fundamental para manter viva uma tradição secular. “Estamos formando músicos e, infelizmente, se não recebermos esse valor, não teremos bons instrumentos para entregar à eles. Ficamos com receio deles desanimarem de continuar”, lamentou um maestro de outra banda, que também não quis se identificar.



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A redação do portal Ângulo entrou em contato com a prefeitura, por meio do departamento de comunicação, solicitando respostas sobre a continuidade do projeto Banda na Praça e sobre a subvenção, mas não teve retorno. Pelo Whatsapp, o secretário de Cultura, Cristiano Vilas Boas, informou que irá se reunir com o presidente da Associação Marianense de Bandas (AMARBANDAS) na próxima segunda-feira, 27.

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