De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, 20 novos casos foram confirmados em três dias
Já passa de 100 o número de casos confirmados da varíola dos macacos (monkeypox) em Minas Gerais. O balanço foi divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) no início desta semana. De acordo com os números, foram registradas 101 confirmações da doença no estado, 20 a mais que o último levantamento, de sexta-feira, 05.
Segundo a SES-MG, todos os pacientes realizaram exames laboratoriais na Fundação Ezequiel Dias (Funed). Todos os pacientes confirmados são homens, com idade entre 21 e 55 anos, e, mesmo apresentando boas condições clínicas, estão sendo monitorados pelas secretarias municipais de saúde.
** continua depois da publicidade **
A primeira morte causada pela doença, no Brasil, foi registrada em Belo Horizonte, no dia 28 de julho, e continua sendo a única no estado. Trata-se de um homem de 41 anos, que morava na capital e era natural de Pará de Minas, no Centro-Oeste do estado. Segundo informações, a vítima possuía câncer e sofria de um caso grave de imunossupressão.
Além das 101 confirmações, Minas Gerais investiga outros 331 casos suspeitos. Ainda há quatro casos prováveis, e 191 notificações foram descartadas pela pasta.
Belo Horizonte segue sendo a cidade que concentra a maioria dos casos da varíola dos macacos, com 75 infectados. A capital mineira tem 129 casos suspeitos, quatro prováveis e 80 notificações descartadas. Os demais casos confirmados estão distribuídos em 16 cidades, sendo:
** continua depois da publicidade **
Quatro em Santa Luzia
Três em Contagem
Dois em Ribeirão das Neves
Dois em Sete Lagoas
Dois em Betim
Dois em Governador Valadares
Um em Bom Despacho
Um em Cataguases
Um em Janaúba
Dois em Juiz de Fora
Um em Mariana
Um em Uberlândia
Um em Poços de Caldas
Um em Pouso Alegre
Um em Teófilo Otoni
Um em Sabará
Sintomas e transmissão
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais), após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo. Elas vêm acompanhadas de coceira e aumento dos gânglios cervicais, inguinais e uma erupção formada por calombos, que mudam e evoluem para diferentes estágios: vesículas, pústulas, úlcera, lesão madura com casca e lesão sem casca com pele, completando o processo de cicatrização.
A varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas. A proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.
** continua depois da publicidade **
A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluidos das lesões do paciente infectado. Isso inclui contato com a pele ou material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam e que a pele esteja completamente cicatrizada.
Comments