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Servidor da prefeitura é acusado por outros funcionários de tentativa de agressão e assédio

Segundo os relatos, os casos de tentativas de agressão são inúmeros e nenhuma providência administrativa foi tomada para solucionar o problema



De acordo com as denuncias, as tentativas de agressão e assédio aconteceram no almoxarifado central | Portal Ângulo

Na última sexta-feira, 20, a equipe do Portal Ângulo recebeu uma denuncia, por meio de uma ligação, de que um funcionário do Almoxarifado Central da prefeitura de Mariana teria tentado, por diversas vezes, agredir fisicamente outros funcionários do mesmo setor, sendo eles, homens e, também, mulheres. De acordo com a denúncia, todas as tentativas de agressão eram do conhecimento do coordenador do almoxarifado, que, inclusive, presenciou algumas e não tomou providências administrativas contra o servidor.


Segundo as denúncias que recebemos, houve negligência do coordenador. “Um dia cheguei para trabalhar e meus colegas me contaram que ele havia dito que naquele dia, ele iria me machucar. Fui falar para o coordenador e ele achou melhor não chamar atenção dele para não deixá-lo ainda mais irritado”, contou um funcionário, que terá sua identidade em anonimato.



“Já estou procurando outro serviço, pois não duvido de que algum dia tenhamos uma morte ali dentro. É impossível trabalhar assim, é impossível trabalhar em um local que não tem ordem e respeito”.


Esse mesmo funcionário informou que não registrou Boletim de Ocorrência após um pedido do coordenador. “Ele me chamou na sala dele e me pediu para abafar o caso por causa do período eleitoral”, contou.


Outro funcionário também nos informou que sofreu tentativas de agressão pelo mesmo servidor. “Ele veio para cima de mim, veio para me bater. Um amigo teve que intervir”, disse, ressaltando que vários colegas do serviço foram ameaçados por ele. “Ele ameaça agredir todo mundo. A maioria tem medo dele”.


Esse medo, fez com que alguns funcionários tomassem a decisão de não continuar no trabalho. “Já estou procurando outro serviço, pois não duvido de que algum dia tenhamos uma morte ali dentro. É impossível trabalhar assim, é impossível trabalhar em um local que não tem ordem e respeito”, disse um funcionário.


ASSÉDIO - Além das tentativas de agressão, os funcionários com os quais conversamos, informaram que o servidor assedia as mulheres no local de trabalho. “Ele assedia todas as mulheres, desde a hora que chega até a hora de ir embora. Quando chega alguma mulher no almoxarifado para pegar material, ele fica pegando nelas, falando que são todas dele. Percebe-se que ficam constrangidas, mas nenhuma tem coragem de reclamar, por medo”, disse uma funcionária.


Segundo os servidores, o funcionário também fica por horas dentro do banheiro feminino. “Ele fica lá dentro, sabe-se lá por qual motivo. Só usamos o banheiro quando temos certeza de que ele não está lá. Temos medo, pois não sabemos qual a intenção dele”, contou.


O QUE DIZ A PREFEITURA - Em contato com a prefeitura, por meio da sua assessoria de comunicação, fomos informado de que o secretário responsável pelo setor do Almoxarifado, Marlon Figueiredo, tomou conhecimento dos fatos após o recebimento do questionamento do Portal Ângulo. Segundo ele, “anteriormente, foi relatado apenas um desentendimento entre funcionários do setor de almoxarifado e patrimônio, e que, segundo informações do coordenador do departamento, a situação havia sido resolvida através do diálogo”, destacando que “em nenhum momento, o secretário soube que a situação havia alcançado essa proporção”.


Em relação ao pedido do coordenador para que não fosse registrado o Boletim de Ocorrência, conforme nos informou uma das fontes, a prefeitura afirmou que “não houve qualquer tentativa de impedimento por parte do coordenador, no sentido de evitar o eventual registro de Boletim de Ocorrência", salientando que "ele não tem autoridade para tal”. Também ressaltaram que “a questão eleitoral citada, não condiz com a verdade. Visto, inclusive, que o servidor denunciado sequer ocupa cargo de nomeação no governo. Sem qualquer vínculo político com a atual gestão”.


Questionados sobre as providências administrativas que deveriam ser tomadas pelo coordenador do almoxarifado, a prefeitura informou que “o coordenador apaziguou a situação de conflito através do diálogo com os envolvidos, sendo que, no momento dos fatos, obteve êxito na mediação. Dessa forma, nunca houve qualquer tentativa de abafar ou ocultar absolutamente nada”.


A prefeitura salientou que após o recebimento dos questionamentos do Ângulo, foram solicitadas informações formais acerca do suposto ocorrido ao coordenador do setor. Segundo eles, a secretaria vai apurar os fatos, garantindo aos citados o direito à ampla defesa e ao contraditório, como manda a lei, e que após as apurações tomará as medidas cabíveis.


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