Outro estudante, de 16 anos, foi ferido na cabeça e levado em estado grave para o hospital
Uma estudante de 17 anos morreu e outro de 16 anos ficou ferido em um ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, norte do Paraná. As vítimas, identificadas como Karoline Verri Alves e Luan Augusto, eram namorados, segundo parentes e professores.
Atingido na cabeça, o jovem de 16 anos foi socorrido em estado grave e levado para o Hospital Universitário de Londrina, a 14 quilômetros de Cambé. A instituição afirmou que o estado do rapaz é "gravíssimo" e que ele respirava com auxílio de aparelhos, ainda no atendimento de urgência.
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A Polícia Militar do Paraná informou que um ex-aluno, de 21 anos, foi até a direção do colégio alegando que precisava de cópias de documentos. Depois disso, ele teria ido ao banheiro e, na saída, começou a atirar. Segundo informações, o rapaz só não continuou a atirar porque foi imobilizado por um professor.
Em entrevista à rádio CBN, a professora Nara Cordeiro relatou a correria para sair da escola. "Estávamos começando a segunda aula, fazendo chamada, quando ouvimos o barulho dos disparos achando que era bombinha, brincadeira de criança. Os alunos ficaram sem saber o que estava acontecendo, mas, pela movimentação, começaram a correr, porque parecia que tava vindo alguém atirando", contou.
Segundo a professora, rapidamente as ruas da escola foram tomadas pelos estudantes que deixaram a unidade às pressas. "O que eu vi foi um desespero muito grande, alunos saindo pelos arredores da escola desesperados. E eu não sabia o que fazer, se eu voltava para ajudar os alunos que estavam lá ou se eu ajudava os meus alunos que estavam aqui", contou.
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Diante da situação, o governador Carlos Massa Ratinho Júnior decretou luto de três dias no estado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais para se manifestar. “Recebo com muita tristeza e indignação a notícia do ataque no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná. Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade. É urgente construirmos juntos um caminho para a paz nas escolas. Meus sentimentos e preces para a família e comunidade escolar”, escreveu.