Pediatra é investigado por suspeita de abuso sexual contra criança durante consulta
- Eliene Santos
- 27 de jun.
- 2 min de leitura
Criança de seis anos contou à mãe que teve as calças abaixadas pelo profissional

Um médico pediatra de 34 anos está sendo investigado por suspeita de abuso sexual contra um menino de seis anos durante atendimento realizado em uma clínica da Unimed, em Conselheiro Lafaiete. O caso foi registrado nesta semana e é tratado pela Polícia Civil como estupro de vulnerável.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe da criança relatou que deixou o filho sozinho no consultório a pedido do profissional, que a orientou a ir até a recepção para finalizar o cadastro. Ao retornar, percebeu algo estranho e, pouco depois, o menino contou que teve as calças abaixadas e que o médico teria praticado sexo oral sob o pretexto de “desentupir” o órgão genital.
A consulta teria sido motivada por dor de garganta, e o médico já acompanhava o paciente em atendimentos anteriores. Em depoimento à polícia, o profissional negou qualquer conduta inadequada e afirmou que seguiu os procedimentos habituais, incluindo exame do abdômen e das partes íntimas da criança, o que, segundo ele, faz parte de sua rotina clínica.
Após o relato do menino, a criança foi levada ao Hospital Queluz, onde foi atendida por uma médica que, com base em técnicas de entrevista e observação comportamental, identificou sinais compatíveis com abuso.
O médico foi detido em flagrante, ouvido pela autoridade policial e, em seguida, liberado por falta de provas que justificassem a manutenção da prisão. Segundo a Polícia Civil, o inquérito segue em andamento com coleta de depoimentos, laudos periciais e análise de provas técnicas.
A Unimed de Conselheiro Lafaiete informou, em nota, que acompanha o caso com seriedade e que já disponibilizou imagens e informações às autoridades responsáveis, colaborando integralmente com as investigações.
A defesa do médico também se manifestou, repudiando as acusações e destacando a atuação profissional do pediatra, que trabalha há mais de dez anos na área da saúde sem qualquer histórico de denúncias, processos judiciais ou registros éticos. Em declaração, o profissional classificou as denúncias como falsas, afirmou estar abalado com a repercussão e reforçou sua confiança no esclarecimento dos fatos.