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Foto do escritorEliene Santos

Vale identifica rachaduras em barragem de Ouro Preto

Mineradora afirma que situação não traz riscos


Reprodução | Vale

A Vale encontrou trincas superficiais na barragem Forquilha III, localizada na Mina da Fábrica, em Ouro Preto. A mineradora comunicou na última sexta-feira, 13, que, apesar das trincas superficiais, a estrutura mantém sua estabilidade, que segue "inalterada". A empresa também garantiu que a situação não apresenta riscos e que não há comunidades na Zona de Autossalvamento (ZAS).


Para garantir a segurança da estrutura, a Vale informou que monitora a barragem continuamente e mantém os órgãos públicos, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), atualizados sobre as ações adotadas. A empresa já está implementando um plano de ação para investigar as causas e corrigir as fissuras, "conforme necessário".


A barragem Forquilha III está classificada no nível de emergência 3, o mais alto da ANM, que indica "risco iminente de rompimento". Desde 2019, a estrutura passa por um processo de descaracterização e, em 2021, foi construída uma Estrutura de Contenção a Jusante, com capacidade de conter eventuais rejeitos.


Até o momento, as causas das fissuras não foram esclarecidas. A Vale reforçou que, devido à ausência de pessoas na ZAS, a situação não representa risco a populações vizinhas. "Mantemos nosso compromisso com a descaracterização da barragem e com a redução do nível de emergência", afirmou a empresa em nota.


A ANM, por sua vez, informou que acompanha de perto a situação. Após a identificação das trincas, técnicos da agência realizaram uma inspeção presencial e determinaram que a Vale intensifique o monitoramento da barragem, utilizando prismas e radar interferométrico, além de realizar reportes diários sobre as condições da estrutura. A mineradora também deverá injetar cal nas fissuras para determinar sua profundidade.


Em agosto, outra barragem do mesmo complexo, a Forquilha V, entrou em situação de alerta após a ANM identificar fissuras durante uma inspeção. O órgão exigiu que a Vale monitorasse a estrutura com a instalação de extensômetros, além de fazer inspeções diárias e enviar relatórios semanais. Caso as medidas corretivas necessárias não sejam realizadas no prazo de 60 dias, o nível de emergência dessa barragem poderá ser elevado.


Segundo a Vale, a Forquilha V permanece com sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) vigente e positiva. Desde 2023, a barragem está fora de operação e é monitorada 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Geotécnico da empresa.

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