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20 de Novembro

Por Pedro Henrique da Paixão Sousa

Membro do Movimento Negro Mariana

Graduando em Recursos Humanos pela Faculdade Adjetivo CETEP



No Brasil, o percentual de pessoas que se declaram negras é de 56,10% | Banco de Imagens


Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (Pnad) contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o percentual de pessoas que se declaram negras no Brasil é de 56,10%. Mesmo em maior número, é fácil perceber as diferenças entre as populações negra e branca no Brasil.


A população negra carrega os estigmas do período colonial, época de construção do país. A falta de políticas públicas que pudessem auxiliar essa parcela da população, contribuíram, ainda mais, para que esse grupo se tornasse na sociedade, um dos grupos mais vulneráveis.


As manifestações antirracistas estão acontecendo a todo momento, em todo o país. As diversas violências que atingem a população negra, fazem com que as discussões sobre os tipos de racismo, bem como suas manifestações, se tornem mais evidentes.


Mesmo após 132 (cento e trinta e dois) anos de abolição, o estado brasileiro continua negando a existência do racismo, além de não assumir a responsabilidade sobre esse processo, diga-se de passagem, naturalizando assassinatos, torturas, sub-empregos, entre outros tipos de mazelas. O corpo negro ainda é alvo principal das violências ocasionadas pelas ausências do poder público, além do modelo de segurança pública do país, que segue causando o genocídio, matando as juventudes pretas, pobres e periféricos.


É notável alguns avanços, porém, ainda temos muito que avançar enquanto sociedade. Negros ainda não possuem representatividade nos espaços de poder, em contrapartida são muito bem representados na informalidade, além de ser maioria no sistema carcerário. Precisamos transformar essa realidade, através de políticas públicas efetivas que garantam a igualdade de oportunidade, condições de vida de forma digna, reconhecendo os privilégios de alguns em detrimento de outros.


Nesta semana, que relembramos as lutas do povo negro, chamo a atenção do leitor(a) sobre a importância da população branca se manifestar contra o racismo. Não basta ser contra o racismo, precisamos ser antiracistas. As pessoas brancas precisam se posicionar e mostrar umas as outras que são contras as injustiças cometidas por esse problema que destrói a vida de seres humanos, por conta de sua origem, étnica. Por um país e uma Mariana mais inclusiva e justa.


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