Por Fernando Pereira de Freitas
Graduado em Pedagogia pelo Centro Universitário de Formiga
Especializado em Educação Básica
Muitos estão a dizer que nunca vivenciaram uma situação assim, poucos, porém, tem tal experiência em grandes epidemias ou pandemias. Outros, já ouviram relatos de situação semelhante no Brasil e no mundo. Sim, são tempos difíceis. Para nós, educandos e educadores, assistimos os desdobramentos de iniciativas do setor para amenizar os impactos da pandemia. Para este momento recomendo três palavras de ordem: prudência, motivação e aprendizado.
As vezes a vontade de fazer algo em prol dos nossos educandos é tão grande, ou mesmo na produção e executarão do nosso trabalho. Afinal, a escola parou, mas a sua produção não. Muitos colegas educadores estão, inclusive, trabalhando muito mais neste período em tempos de aulas gravadas em áudio e vídeo ou em produção gráfica. De repente o professor que não manuseava bem nem seu celular se viram em plataformas digitais ou estúdios improvisados para gravação de vídeo aula ou atividade interativa.
"Um dos maiores aprendizados é a empatia, não a empatia de se colocar no lugar do outro, mas sim a empatia em fazer junto com o outro. É preciso valorizar cada esforço de se reinventar".
O aluno, que em muitas unidades escolares não podiam usar o aparelho celular, em poucos dias já tinha contato pessoal de seu professor para receber e mostrar a conclusão de atividades escolares, ou usar para acesso à plataformas, portais, sites e redes sociais educativas. Sim, o aluno aprendeu a usar seu aparelho celular como mecanismo de informação e formação.
Este tempo requer a prudência de não expor nenhum agente ao risco da contaminação tão acessível e a delicadeza de reconhecer o esforço de educandos e educadores. Em tempos de pandemia é preciso motivar o aluno e o professor, mérito seja dado ao esforço pessoal e coletivo deste setor. Grande é a produção da educação neste momento e muito emotiva, cheia de significado e de reconhecimento de pessoas que deram um novo formato para a forma de aprender e ensinar, respeitando o distanciamento social imposto entre nós.
Mas, o que mais tem se vivenciado neste trágico momento é que ele nos trouxe muito aprendizado. Entre estes aprendizados, está a disciplina, tão necessária para produção de aprendizagem. Aprendemos a desacelerar nossas vidas a dar valor as coisas simples do dia-a-dia em tempos de pandemia. Um dos maiores aprendizados é a empatia, não a empatia de se colocar no lugar do outro, mas,sim, a empatia em fazer junto com o outro. É preciso valorizar cada esforço de se reinventar.
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