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Qual o lugar do brincar frente ao fascínio da tecnologia?

Atualizado: 24 de set. de 2022

Por Denise Passos

Neuropsicopedagoga / psicopedagoga e fundadora do espaço Psicopedagógico Denber


Banco de Imagens


As gerações dos anos 70, 80 e 90 foram marcadas por brincadeiras, como queimada, bandeirinha, pique-pega, esconde-esconde, passa anel, cirandas de roda e várias outras. Atualmente essas brincadeiras ficaram esquecidas e a maioria das crianças passam o dia dentro de seus quartos. E mesmo quando estão em restaurantes, parques e praças, ao invés de as vermos socializando, vemos toda a família, pai, mãe, filhos e até bebês, com celulares, e, assim, o contato social se tornou o mínimo possível.


Essa realidade tem sido impulsionada por vários fatores ao longo dos anos, incluindo as questões de "segurança", particularmente nas grandes cidades. No entanto, a tecnologia também tem tido grande influência nessa mudança de comportamento. O aumento do número de televisores, computadores, vídeo-games e, principalmente, de celulares, é, provavelmente, a principal razão pela qual as crianças não brincam mais nas praças, ruas e parques. Afinal, eles podem se divertir no conforto e segurança de suas casas.


Algumas crianças interrompem a alimentação, o sono, e, especialmente, as brincadeiras para ficarem em frente à televisão, celular ou jogos de vídeo-games, o que pode ser prejudicial em vários pontos. No entanto, se utilizado de forma consciente, o uso das tecnologias traz consequências positivas para o desenvolvimento e aprendizado de uma criança. Assim, pode-se compreender que a tecnologia tem aspectos tanto negativos como positivos.


Não discordo que a tecnologia precisa ser usada em favor do aprendizado, e que o ensino deva ser adequado a uma nova geração que, praticamente, já nasce com o computador nas mãos, mas é fundamental estabelecer critérios para não comprometer o aprendizado das crianças.


Os pais precisam estar atentos e supervisionar tudo que os pequenos acessam na internet, especialmente nas redes sociais. Também se faz necessário estabelecer um limite de tempo, para que os jogos e demais distrações não se transformem em vício, nem tragam consequências prejudiciais à saúde das crianças.


Por aqui, a iniciativa de utilizar as tecnologias têm a intenção de promover e valorizar o aprendizado, contribuindo para a autonomia e independência. Os tempos mudaram e, da mesma forma que brincar proporciona muitas coisas boas, o uso consciente das tecnologias também traz diversos benefícios.


A tecnologia tornou-se uma ferramenta indispensável no campo da educação e aprendizagem das crianças. A televisão e os computadores são exemplos de ferramentas que, se utilizadas corretamente e com funcionalidade, podem se tornar aliadas no processo de ensino e aprendizagem. Porém, os pais, assim como as escolas, devem ser os mediadores na relação entre as crianças e a tecnologia.


Os jogos melhoram a consciência espacial, contribuem para um raciocínio mais rápido, tornam as crianças mais criativas, podendo assim ser uma porta aberta para um melhor desempenho em diversas áreas, e podem até mesmo influenciar na escolha da futura carreira.


Assim, compreendemos que a tecnologia em jogo tem tanto vantagens como desvantagens. É importante prestar mais atenção para garantir que haja o uso correto desta maravilhosa ferramenta global e que se estimule os jogos e brincadeiras ao ar livre e em casa, pois ambos são fundamentais para todas as idades.


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