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  • 20 de Novembro

    Por Pedro Henrique da Paixão Sousa Membro do Movimento Negro Mariana Graduando em Recursos Humanos pela Faculdade Adjetivo CETEP Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (Pnad) contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o percentual de pessoas que se declaram negras no Brasil é de 56,10%. Mesmo em maior número, é fácil perceber as diferenças entre as populações negra e branca no Brasil. A população negra carrega os estigmas do período colonial, época de construção do país. A falta de políticas públicas que pudessem auxiliar essa parcela da população, contribuíram, ainda mais, para que esse grupo se tornasse na sociedade, um dos grupos mais vulneráveis. As manifestações antirracistas estão acontecendo a todo momento, em todo o país. As diversas violências que atingem a população negra, fazem com que as discussões sobre os tipos de racismo, bem como suas manifestações, se tornem mais evidentes. Mesmo após 132 (cento e trinta e dois) anos de abolição, o estado brasileiro continua negando a existência do racismo, além de não assumir a responsabilidade sobre esse processo, diga-se de passagem, naturalizando assassinatos, torturas, sub-empregos, entre outros tipos de mazelas. O corpo negro ainda é alvo principal das violências ocasionadas pelas ausências do poder público, além do modelo de segurança pública do país, que segue causando o genocídio, matando as juventudes pretas, pobres e periféricos. É notável alguns avanços, porém, ainda temos muito que avançar enquanto sociedade. Negros ainda não possuem representatividade nos espaços de poder, em contrapartida são muito bem representados na informalidade, além de ser maioria no sistema carcerário. Precisamos transformar essa realidade, através de políticas públicas efetivas que garantam a igualdade de oportunidade, condições de vida de forma digna, reconhecendo os privilégios de alguns em detrimento de outros. Nesta semana, que relembramos as lutas do povo negro, chamo a atenção do leitor(a) sobre a importância da população branca se manifestar contra o racismo. Não basta ser contra o racismo, precisamos ser antiracistas. As pessoas brancas precisam se posicionar e mostrar umas as outras que são contras as injustiças cometidas por esse problema que destrói a vida de seres humanos, por conta de sua origem, étnica. Por um país e uma Mariana mais inclusiva e justa.

  • Vereadores eleitos em Mariana correm o risco de não exercerem o mandato

    Maurício da Saúde, Ediraldo Pinico, Ronaldo Bento, Fernando Sampaio e Preto do Mercado, podem perder o direito de exercer os seus mandato, se for comprovado fraude na cota de gênero No Brasil, mais de 5 mil candidatos não receberam nenhum voto nas eleições municipais de 2020, sendo, a maioria, mulheres, 65%. Em Mariana, tivemos 5 candidatos na mesma situação, todos eles mulheres que disputavam uma vaga na Câmara. Segundo especialistas, candidatos que não tem nem o próprio voto, é um indício de candidatura fictícias, ou seja, aqueles que entram na eleição sem a intenção de concorrer de fato, com objetivos que podem ser irregulares, como desviar dinheiro do fundo eleitoral ou, no caso, de mulheres, cumprir a lei que determina a presença mínima de 30% de mulheres na formação de chapas para os cargos legislativos. Esse fato fez com que o Promotor Eleitoral de Mariana, Dr. Cláudio Daniel Fonseca de Almeida, iniciasse uma investigação de todas as candidatas com votação zerada, na cidade. “Se constatado que essas mulheres simplesmente se candidataram para permitir que mais homens pudessem escrever seus nomes na chapas, evidenciará que houve uma fraude, e nós temos que enfrentar essa fraude”. disse. O Promotor ressaltou que existem punições caso seja comprovado uma fraude. “Se comprovar que aquela chapa não poderia ser escrita como foi escrita, por exemplo, se comprovar que o número de candidaturas verdadeiras femininas foi inferior a 30%, a chapa não pode assumir nenhuma cadeira do parlamento”, explicou. INDÍCIOS DE FRAUDE - Os critérios para apurar a ocorrência de eventuais candidaturas fictícias dependem de cada caso, mas,essencialmente, se resumem a identificar: 1) candidatas que não tenham praticado atos mínimos de campanha (distribuição de santinho, adesivos, agenda política ou pedido de votos); 2) candidatas que não tenham recebido quaisquer doações para suas campanhas; 3) candidatas que tenham desistido ou renunciado às suas candidaturas sem a devida substituição por mulheres. A apuração da ocorrência de eventuais candidaturas fictícias deve levar em consideração, também, se as mulheres nessa condição sabem que seus nomes constam no registro da disputa eleitoral, ou se foram convencidas de alguma outra forma a participar do pleito. Para que não haja uma carga exclusiva de responsabilidade apenas em relação às mulheres, o correto é que as mesmas não sejam referidas como candidatas laranjas, mas, sim, inseridas no contexto das candidaturas fictícias, já que apenas no decorrer da investigação realizada pelo Ministério Público se poderá afirmar se elas são parceiras, ou se elas são vítimas. COTA DE GÊNERO - De acordo com a Lei das Eleições, Lei Nº 9.504/97, artigo 10, inciso 3º, existe uma cota mínima de gênero que é obrigatória para o deferimento inicial da própria coligação que disputará as eleições, que, no caso, é de 30%, seja de homem ou mulher. Geralmente, a cota dos 30% é utilizada para mulheres, que, segundo pesquisas, demonstram um desinteresse maior pela política. “Essa cota foi implementada para poder estimular, principalmente, a participação feminina na vida política. O que acontece é que, muitas vezes, as candidaturas de mulheres são meras candidaturas de fachada, que existem, apenas, para permitir que mais homens ingressem na chapas proporcionais, que são Câmara da Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados”, destacou o Promotor Eleitoral. “Se constatado que essas mulheres simplesmente se candidataram para permitir que mais homens pudessem escrever seus nomes na chapas, evidenciará que houve uma fraude, e nós temos que enfrentar essa fraude”. O PSD apresentou 7 candidatos, sendo 2 mulheres, de acordo com a listagem disponibilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desse modo, o número de vagas para mulheres não corresponde a 30%, o mínimo para a cota de gênero. O partido totaliza apenas 28,57% de mulheres. Já o PSB, de acordo com a Ata de Convenção Municipal, apresentou 14 candidatos, sendo 3 mulheres. Nesse caso, ele totaliza 28,57% de mulheres. Porém , de acordo com a listagem do TSE, o partido apresentou 13 candidatos, sendo 4 mulheres. Seguindo essa listagem, o PSB totaliza 30,76% de mulheres. Destacamos ainda, que, no caso do PSB, o nome de uma das candidatas, Nicolina Regina de Castro, consta, também, na Ata do partido Avante. Segundo o presidente do PSB, Vamberto Ramos, havia dado dupla filiação, porém,na hora de registrar, a candidata concorreu pelo partido Avante. DESISTÊNCIA - Em uma conversa por telefone com duas candidatas de Mariana que tiveram votação zerada nas eleições municipais 2020, Cyntia Gonçalves, do PSB, e Juliana Zacarias Flausino, do Avante, ambas afirmaram desistir da vaga no legislativo durante a campanha. “Eu queria ser candidata, mas devido a burocracia, desisti. Como eu já estava com o registro feito e não tinha como voltar atrás, deixei e acabei apoiando outro candidato”, disse Cyntia, que nos informou que não havia comunicado sobre sua desistência ao partido. Ao contrário da candidata do PSB, Juliana formulou uma carta de renúncia e entregou à presidente do Avante, Alessandra Moreira. “Desisti da candidatura por problemas pessoais e fiz a carta pedindo o cancelamento. Foi feito o pedido, porém, vi que ainda não tinha sido indeferido, mesmo assim, votei no candidato que eu queria. Fiz carta, procuração, só não sei porque não foi indeferido dentro do prazo” , comentou. A presidente do partido Avante não soube nos informar os motivos pelos quais o nome da candidata constava como deferido no site do TSE. “O termo da sua desistência foi encaminhado para o Cartório Eleitoral. Não sei porque o nome dela continuou à disposição, enquanto candidata no site”, disse Alessandra. De acordo com o artigo 13 da Lei no 9.504/97, o partido ou coligação poderá substituir o candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado. O prazo para a substituição de candidatos ao pleito proporcional foi reduzido, devendo ser apresentado até 20 dias antes das eleições nos casos de o candidato substituído ser considerado inelegível, renunciar ou ter seu registro indeferido ou cancelado. RISCO DE NÃO ASSUMIR - Se comprovado a fraude na cota de gênero, toda a chapa poderá ser cassada, segundo o TSE. Nesse caso, em Mariana, cinco vereadores eleitos podem perder o direito de exercer os seus mandatos, sendo: Maurício da Saúde e Ediraldo Pinico, eleitos pelo partido Avante, Ronaldo Bento e Fernando Sampaio, do PSB, e Preto do Mercado, do PV. De acordo com os indícios de provas colhidas pelo Ministério Público, poderá ser instaurado uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime). Essa ação judicial é consequência dos indícios de candidaturas fictícias e tem previsão constitucional no artigo 14, parágrafo 10º, que diz que o mandato do candidato eleito pode ser impugnado perante a Justiça Eleitoral, até mesmo após sua diplomação. Essa ação deve tramitar em segredo de justiça, embora o julgamento tenha que ser público. Se for julgada procedente, o órgão competente da Justiça Eleitoral pode declarar a inelegibilidade do candidato representado e, ainda, cassar-lhe o registro ou o diploma QUEM PODE ASSUMIR - Supondo que os quatros partidos que tiveram mulheres com votos zerados sejam punidos e tenham seus votos anulados, será necessário uma nova contagem de votos, dado que os votos válidos irão diminuir. Logo, o quociente eleitoral será menor. Depois de fazer todas as contas, os candidatos que tomariam posse no lugar de Mauricio, Pinico, Ronaldo Bento, Fernando Sampaio e Preto do Mercado, seria: Tikim Matheus, Bosco de Cachoeira, Aida Anacleto, Capitã Marta e Juliano Barbosa. Ressaltamos que, os cincos candidatos citados só tomariam posse caso os quatros partidos sejam punidos, visto que os cálculos foram feitos em cima dessa projeção. Agora, caso apenas um partido seja punido, a conta muda, e, com isso, outros candidatos poderão assumir a vaga. Por exemplo: supondo que apenas o PV tenha seus votos anulados. Nesse caso, encontraremos um novo quociente eleitoral, e o cenário muda completamente, pois, o candidato que assumiria a vaga conquistada por Preto do Mercado, seria Majelinha, do PSB. ENTENDA COMO É FEITO O CÁLCULO - Para começar, devemos encontrar o quociente eleitoral, que é o resultado da divisão dos votos válidos pelo número de vagas na câmara, que, no caso, são 15. Em seguida, é preciso encontrar o quociente partidário, ou seja, o resultado dos votos válidos do partido, dividido pelo quociente eleitoral. Somente assim, encontraremos o número de vagas que cada partido terá. Nesse caso, despreza a fração, para trabalharmos, apenas, com números inteiros. Por exemplo: se tivermos 1,3, usaremos 1. Se o resultado da divisão for menor que 1 (um) o partido não terá cadeira nessa primeira distribuição. Vagas não preenchidas - Nessa parte, todos os partidos deverão participar, inclusive os que não tiveram cadeiras na primeira rodada. O cálculo deverá ser feito da seguinte forma: fazer a divisão dos votos válidos do partido pelo número de cadeiras disponíveis na câmara, já garantida na primeira rodada, mais 1 (um). Ex: o partido A teve 3000 mil votos e já garantiu uma vaga na primeira rodada. Logo, fazemos a divisão: 3000 ÷ 1 + 1. O valor encontrado será a média. Devemos repetir esse processo para todos os partidos. Aqueles que não tiveram cadeira na primeira distribuição, a divisão deverá ser feita pelo número de votos válidos, do partido, pelo zero (número de vagas) mais 1 (um). Depois de encontrar todas as médias, a primeira vaga, não preenchida, vai ficar com o partido de maior média. Esse cálculo de vagas não preenchidas, deverá ser repetido para todas as vagas remanescentes. Por exemplo: se temos 7 vagas, o cálculo das médias deverá ser feito sete vezes com todos os partidos. Supondo que o partido A tinha uma vaga na primeira rodada, depois de fazer o primeiro cálculo das vagas não preenchidas, ele teve a maior média e, consequentemente, pegou a primeira vaga remanescente. Agora o partido A tem duas vagas. Logo, a média dele diminuirá, pois, agora vamos fazer a divisão dos votos válidos por 2 vagas mais 1. É importante destacar que, para que um candidato assuma uma vaga, ele deverá ter no mínimo 10% do quociente eleitoral. Por exemplo: se o quociente eleitoral é 2000, o candidato deverá ter no mínimo 200 votos. NÃO QUISERAM SE MANIFESTAR - Em contato por telefone com o presidente do PSB, Vamberto Ramos, ele optou por não se manifestar sobre o assunto. Já as demais candidatas que tiveram votação zerada, Marina dos Santos, PV, Eliete do São Cristovão e Eunice das Neves, ambas do PSD, não conseguimos contato. Entretanto, em relação a candidata Marina, o presidente do PV, Benedito Alves, nos informou que a candidata teve problemas de saúde durante a campanha.

  • Prefeitura de Mariana suspende atividades e serviços, por causa da Covid-19, até o fim do ano

    Eventos esportivos, confraternizações, festas de aniversários e casamentos e música ao vivo, estão suspensos até o dia 31 de dezembro, em Mariana Na noite desta terça-feira, 24, a prefeitura de Mariana publicou, em seu site, uma recomendação técnica de número 51 sobre a suspensão de algumas atividades e serviços por causa do coronavírus. Na nota, o Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde da Covid-19 suspende, até o dia 31 de dezembro, todos os eventos esportivos, confraternizações, festas de aniversários e casamentos e música ao vivo. “Por enquanto, essa decisão foi do município, mas pode ser que com a reavaliação, isso passe a ser uma determinação do Estado”. De acordo com o secretário de Saúde, Danilo Brito, Mariana está na onda verde, o que permite, por exemplo, música ao vivo, porém, como prevenção, o município suspendeu essa atividade. “Percebemos que os estabelecimentos estão com muita aglomeração e não queremos que os casos aumentem em Mariana, por isso, essa decisão. A mesma coisa em relação ao eventos esportivos. Não é o momento para isso”, destacou Danilo. O secretário também salientou que nesta quarta-feira o Estado de Minas Gerais fará uma reavaliação em relação as ondas. “Por enquanto, essa decisão foi do município, mas pode ser que com a reavaliação, isso passe a ser uma determinação do Estado”, disse. Em caso de descumpriento dessa determinação do municipio, a Guarda Municipal poderá ser acionada, através do 153, para que ela faça a fiscalização no local, seja ele estabelecimento comercial ou residencial. Em casos extremos, a Polícia Militar também pode ser acionada. Boletim epidemiológico - De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura de Mariana, até o momento, o município registrou 2534 casos que testaram positivo ao coronavírus e 24 óbitos. Em relação aos 10 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) disponibilizados para Ouro Preto, Mariana e Itabirito, na última nota divulgada pelo Hospital Santa Casa da Misericórdia, a taxa de ocupação chegou a 90%, ou seja, com apenas 1 leito de UTI a disposição. Somente na segunda-feira, 23, o hospital de campanha de Ouro Preto atendeu 38 pessoas com suspeita de coronavírus, dado repassado pelo médico plantonista e diretor técnico do hospital, Jonatas Bernardes. O médico também fez um vídeo para alertar a população sobre o aumento dos casos na cidade. “Esse vídeo é para implorar aos moradores de Ouro Preto que tomem mais cuidado. Estamos atendendo cerca de 30 pessoas por dia, boa parte dessas, positivas para doença. Nós precisamos ter mais consciência”, destacou.

  • Servidor da prefeitura é acusado por outros funcionários de tentativa de agressão e assédio

    Segundo os relatos, os casos de tentativas de agressão são inúmeros e nenhuma providência administrativa foi tomada para solucionar o problema Na última sexta-feira, 20, a equipe do Portal Ângulo recebeu uma denuncia, por meio de uma ligação, de que um funcionário do Almoxarifado Central da prefeitura de Mariana teria tentado, por diversas vezes, agredir fisicamente outros funcionários do mesmo setor, sendo eles, homens e, também, mulheres. De acordo com a denúncia, todas as tentativas de agressão eram do conhecimento do coordenador do almoxarifado, que, inclusive, presenciou algumas e não tomou providências administrativas contra o servidor. Segundo as denúncias que recebemos, houve negligência do coordenador. “Um dia cheguei para trabalhar e meus colegas me contaram que ele havia dito que naquele dia, ele iria me machucar. Fui falar para o coordenador e ele achou melhor não chamar atenção dele para não deixá-lo ainda mais irritado”, contou um funcionário, que terá sua identidade em anonimato. “Já estou procurando outro serviço, pois não duvido de que algum dia tenhamos uma morte ali dentro. É impossível trabalhar assim, é impossível trabalhar em um local que não tem ordem e respeito”. Esse mesmo funcionário informou que não registrou Boletim de Ocorrência após um pedido do coordenador. “Ele me chamou na sala dele e me pediu para abafar o caso por causa do período eleitoral”, contou. Outro funcionário também nos informou que sofreu tentativas de agressão pelo mesmo servidor. “Ele veio para cima de mim, veio para me bater. Um amigo teve que intervir”, disse, ressaltando que vários colegas do serviço foram ameaçados por ele. “Ele ameaça agredir todo mundo. A maioria tem medo dele”. Esse medo, fez com que alguns funcionários tomassem a decisão de não continuar no trabalho. “Já estou procurando outro serviço, pois não duvido de que algum dia tenhamos uma morte ali dentro. É impossível trabalhar assim, é impossível trabalhar em um local que não tem ordem e respeito”, disse um funcionário. ASSÉDIO - Além das tentativas de agressão, os funcionários com os quais conversamos, informaram que o servidor assedia as mulheres no local de trabalho. “Ele assedia todas as mulheres, desde a hora que chega até a hora de ir embora. Quando chega alguma mulher no almoxarifado para pegar material, ele fica pegando nelas, falando que são todas dele. Percebe-se que ficam constrangidas, mas nenhuma tem coragem de reclamar, por medo”, disse uma funcionária. Segundo os servidores, o funcionário também fica por horas dentro do banheiro feminino. “Ele fica lá dentro, sabe-se lá por qual motivo. Só usamos o banheiro quando temos certeza de que ele não está lá. Temos medo, pois não sabemos qual a intenção dele”, contou. O QUE DIZ A PREFEITURA - Em contato com a prefeitura, por meio da sua assessoria de comunicação, fomos informado de que o secretário responsável pelo setor do Almoxarifado, Marlon Figueiredo, tomou conhecimento dos fatos após o recebimento do questionamento do Portal Ângulo. Segundo ele, “anteriormente, foi relatado apenas um desentendimento entre funcionários do setor de almoxarifado e patrimônio, e que, segundo informações do coordenador do departamento, a situação havia sido resolvida através do diálogo”, destacando que “em nenhum momento, o secretário soube que a situação havia alcançado essa proporção”. Em relação ao pedido do coordenador para que não fosse registrado o Boletim de Ocorrência, conforme nos informou uma das fontes, a prefeitura afirmou que “não houve qualquer tentativa de impedimento por parte do coordenador, no sentido de evitar o eventual registro de Boletim de Ocorrência", salientando que "ele não tem autoridade para tal”. Também ressaltaram que “a questão eleitoral citada, não condiz com a verdade. Visto, inclusive, que o servidor denunciado sequer ocupa cargo de nomeação no governo. Sem qualquer vínculo político com a atual gestão”. Questionados sobre as providências administrativas que deveriam ser tomadas pelo coordenador do almoxarifado, a prefeitura informou que “o coordenador apaziguou a situação de conflito através do diálogo com os envolvidos, sendo que, no momento dos fatos, obteve êxito na mediação. Dessa forma, nunca houve qualquer tentativa de abafar ou ocultar absolutamente nada”. A prefeitura salientou que após o recebimento dos questionamentos do Ângulo, foram solicitadas informações formais acerca do suposto ocorrido ao coordenador do setor. Segundo eles, a secretaria vai apurar os fatos, garantindo aos citados o direito à ampla defesa e ao contraditório, como manda a lei, e que após as apurações tomará as medidas cabíveis.

  • As Doulas e a arte de servir

    Por Júlia de Souza Fonseca Graduanda em Jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Doula Você sabe o que é uma Doula? A palavra Doula vem do grego e significa “mulher que serve”, visto que nos tempos antigos as mulheres se ajudavam durante o processo de gestar, parir e cuidar de um bebê. Atualmente, a Doula trabalha como uma profissional capacitada para amparar e assistir a mãe durante o pré-parto, parto e pós parto. Essas mulheres atuam na educação da gestante, acerca de temas que envolvem o universo da humanização do parto. Mas o que é a humanização? Ao contrário do que se pensa, a humanização não é sobre partos ‘glamourizados’ e elitizados, com inúmeros recursos para que ele aconteça, e que são realizados em banheiras, ou com uma grande cenografia (que pode beirar a de um espetáculo). A humanização consiste em respeitar a anatomia, fisiologia e emoções durante o parto; é oferecer uma assistência adequada, dispor autonomia, acolhimento, segurança e liberdade para a mãe. Ela consiste em aceitar e honrar os processos e, principalmente, o protagonismo da mulher e do bebê em um momento que é exclusivamente deles. Isso permite que a gestante se sinta confiante, segura e amparada para parir. E os pilares da humanização são, basicamente, práticas médicas baseadas em evidências científicas. Essa é, ou deveria ser, uma política pública transversal do Sistema Único de Saúde (SUS). As doulas e educadoras perinatais têm um papel importante aí, que é o de auxiliar a mulher em seu preparo para o parto, para que ela possa tomar as melhores decisões para si e o bebê naquele momento. Elas não são profissionais da área obstétrica e, portanto, não podem realizar condutas médicas ao longo dos processos de gestar e parir, estando ali para ajudar a mulher a estudar as atualizações e temas relevantes para a gestação e parto e se preparar para aquele momento, para incentivar a mulher a acreditar em si mesma e a lidar com a dor do trabalho departo. A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam e reconhecem a importância da presença da Doula durante o gestar e parir, essas profissionais são citadas nas Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal e seu acompanhamento é indicado por trabalhadores da área da obstetrícia que atuam seguindo evidências científicas atualizadas. As doulas estão ali para a mulher, atendendo às suas demandas por afeto, apoio e encorajamento, amparando-a em um momento de vulnerabilidade e entrega intensa. A sua presença resgata uma prática milenar, que é a de assistir e oferecer esteio à parturiente. Existem pesquisas científicas atualizadas comprovando que a presença da doula pode ser uma ferramenta para a redução de intervenções desnecessárias no parto, um agente que coopera para minimizar a violência obstétrica e também um fator que contribui para a saúde psicológica, afetiva e emocional da mãe e seus vínculos com o bebê. Essas acompanhantes fazem uso de diversas técnicas não farmacológicas para auxiliar a mulher no manejo da dor, que é um processo natural do parto e não deveria ser vista como um sofrimento, já que ela é um sinal positivo de que o trabalho de parto está fluindo e que poderá chegar ao melhor destino possível: o bebê nos braços da mãe. Cada Doula têm os seus métodos e algumas se especializam em diferentes áreas para oferecer determinados serviços à mulher, mas o objetivo é sempre o mesmo: a humanização do atendimento e a busca pelo parir de forma mais natural possível. Dentre os métodos mais usuais de manejo da dor, alguns são bem conhecidos: uso de aromaterapia, fitoterapia, massagens, auxílio na mudança de posições, incentivo à respiração, cromoterapia, escalda-pés, banhos de ervas… as aplicações vão de acordo com o perfil da mãe e da própria profissional que a acompanha. É importante pontuar que a Doula não está ali para anular a dor, mas sim para ajudar a mulher a passar por ela e atravessar as barreiras e possíveis obstáculos ao parto natural e, caso seja indicada uma cesárea, apoiar a mulher nos preparativos para a cirurgia e no pós-cirúrgico. O que a Doula faz? Dialoga com a gestante sobre o que esperar de um trabalho de parto e da maternidade em geral; Incentiva e auxilia a mãe na busca por informações pautadas em evidências científicas para o preparo para o parto; Auxilia na construção de um plano de parto; Oferece suporte emocional e físico à parturiente, antes durante e após o parto; Auxilia na troca de posições que favoreçam o trabalho de parto e o conforto da parturiente; Facilita e promove a manutenção de um espaço adequado às necessidades da mulher por um ambiente acolhedor, privado e tranquilo; Auxilia no manejo da dor e desconforto por meio de técnicas não farmacológicas (massagens, respiração, banho, etc.); Pode, se necessário, oferecer apoio para os demais membros da família durante o trabalho de parto; Pode atuar no pós parto, auxiliando a mãe com a amamentação; Pode ser uma ponte de comunicação entre a gestante e a equipe de atendimento, família ou amigos; O que a doula não faz? A doula não realiza nenhum tipo de procedimento médico ou clínico (como toque vaginal, aferição de pressão arterial, administração de medicamentos, verificação de batimentos cardíacos fetais, etc.); A doula não questiona as decisões, apontamentos ou procedimentos feitos pela equipe; A doula não substitui quaisquer dos profissionais da saúde envolvidos na assistência ao parto; A doula não substitui o acompanhante da gestante (a menos que ela deseje); A doula não toma decisões pela parturiente. O papel da Doula está no processo de gestar, parir e auxiliar a mãe nos primeiros cuidados com o bebê. Em alguns estados a presença da Doula é garantida por lei, em Minas Gerais alguns municípios têm leis municipais para legitimar e estruturar a presença dessas em ambiente hospitalar - isso em função da já comprovada relevância das doulas para a gestante. Contudo, apesar de envolver o servir e ser uma profissão que abarca o afeto, as doulas são profissionais que estudam e se atualizam muito para oferecer um apoio completo para a gestante. Para ser uma doula, é necessário passar por uma formação que vai oferecer o certificado às profissionais que decidirem seguir este caminho. Além disso, muitas delas se qualificam em outras áreas e estão constantemente fazendo investimentos em sua formação, isso representa uma valorização no trabalho, que é remunerado em valores definidos individualmente, de acordo com sua capacitação. A doula é, costumeiramente, a primeira a chegar para oferecer apoio à mulher durante o trabalho de parto e, como consequência, pode ser a última a sair do ambiente após concluídos os processos. Seu ofício envolve dedicação, mas não deve ser romantizado e sub-remunerado por envolver subjetividades… doulas pagam contas, doulas têm filhos, famílias e responsabilidades. É um trabalho como quaisquer outros e, portanto, a gestante que tiver interesse em receber sua assistência deve também estar disposta a negociar e a arcar com os custos desse acompanhamento personalizado. Onde encontrar uma doula? Em Mariana e Ouro Preto, existem diversas doulas em ação! Para encontrá-las você pode buscar nas redes sociais, em grupos de apoio à gestante ou até mesmo pedir uma indicação aos profissionais da saúde responsáveis pelo seu atendimento. Se você está gestante e está pronta para assumir o protagonismo de sua gestação e parto junto à sua família, a doula pode ser um amparo neste processo. Afinal ser doula é acolher. Ser doula é apaziguar. Ser doula é estudar e trabalhar muito. Ser doula é acariciar, abraçar, segurar as mãos e olhar nos olhos, massagear... Ser doula é lutar contra um sistema criado para patologizar e intervir contra processos que podem ser naturais e, sobretudo, leves. Ser doula é trabalhar pela emancipação do feminino em diversas formas e corpos, transcendendo as fronteiras de gênero e sexualidade. Ser doula é ser força. Ser doula é estar pronta para o inusitado. Ser doula é ser silêncio, quietude e contemplação. Ser doula é amar, e ter uma doula é ser amada.

  • Celso Cota vence nas urnas, mas aguarda decisão judicial para assumir em 2021

    Os votos só serão validados após a conclusão do processo no Tribunal Superior Eleitoral. Até o momento, eles são considerados nulos, chamados tecnicamente de anulados sub judice Com 42,61% dos votos, Celso Cota e seu vice, Cristiano Vilas Boas, foram os candidatos escolhidos pela população de Mariana para assumir o cargo de executivo da cidade, em 2021. Mesmo com a vitória, Celso e Cristiano ainda não poderão ser diplomados e nem empossados, pois aguardam uma resposta definitiva da justiça sobre a validade da sua candidatura, conforme consta no artigo 200 da Resolução 23.611/2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desse modo, os 14764 mil votos, a princípio, são nulos, chamados tecnicamente de anulados sub judice. "A nossa vitória representa a continuação de um sonho, colocar Mariana rumo ao desenvolvimento, trazer a alegria que a nossa cidade perdeu nos últimos anos, proporcionar à população emprego, saúde, educação, moradia, qualidade de vida e dignidade. Sonho esse compartilhado com os marianenses. A vitória é de toda população". De acordo com a Resolução, com o julgamento de registro de candidatura de Celso no Tribunal Regional Eleitoral, há possibilidade de que ele assuma a prefeitura, mesmo pendente de recurso no Tribunal Superior Eleitoral, ou de que ele não assuma. Nesse último caso, o cargo de executivo é assumido interinamente pelo presidente de Câmara, até o final do processo. Caso o recurso seja indeferido definitivamente pelo TSE, Mariana terá novas eleições. Todos os candidatos poderão participar novamente, exceto Celso, que poderá, apenas, apoiar outro candidato. Mesmo com a situação indefinida, Celso comemorou o resultado. “A nossa vitória representa a continuação de um sonho, colocar Mariana rumo ao desenvolvimento, trazer a alegria que a nossa cidade perdeu nos últimos anos, proporcionar à população emprego, saúde, educação, moradia, qualidade de vida e dignidade. Sonho esse compartilhado com os marianenses. A vitória é de toda população”, destacou. Celso também destacou que o combate ao fake news foi o maior desafio durante a sua campanha. “Infelizmente, ainda existem pessoas de má índole que inventam histórias e deturpam fatos, para ganhar as eleições no popular tapetão. Mas, a população já estava calejada de tanta mentira e conhecia a nossa trajetória política e todos os trabalhos desenvolvidos por nós, em Mariana. O bem sempre vence o mal”, disse. OUTROS NÚMEROS - Com uma diferença de 3596 votos, Newton Godoy assumiu o segundo lugar na disputa pelo cargo de executivo, com 32,23% dos votos válidos . Em sua rede social, o candidato agradeceu o apoio e cobrou por justiça. “Nossa caminhada foi bonita e honesta. Agradeço a cada um que esteve ao nosso lado e confiou nos nossos planos para fazer uma Mariana diferente. Agora, esperamos que a justiça seja feita e, assim, seguiremos na luta. Muito obrigado”, publicou. Em terceiro lugar veio Bruno Mol com 13,04%, Roberto Rodrigues com 6,26%, Patrícia Ramos com 5,33% e com 0,53 %, Francisco de Assis. Votos brancos foram 3,31% e nulos, 7,83%. VEREADORES ELEITOS - Além dos vereadores reeleitos - Juliano Duarte, Ronaldo Bento, Adimar, Fernando Sampaio, Edson de Castro, Marcelo Macedo e João Bosco - a Câmara contará com novos representantes. Zé Sales, Ediraldo Pinico, Pedrinho Salete, Sonia Azzi, Preto do Mercado e Ricardo Miranda assumem uma cadeira no legislativo a partir de janeiro de 2021. “A responsabilidade é grande, temos consciência disso. Vamos trabalhar em prol de melhorias e de forma coletiva”, destacou Pedrinho, que terá ao seu lado o seu pai, Zezinho Salete, também eleito como vereador para o próximo ano. MULHERES ELEITAS - Mais uma vez, Mariana elegeu apenas uma mulher como vereadora. Sônia Azzi foi a única entre as 66 mulheres, eleita com 540 votos. Ao todo, as candidatas de 2020 totalizaram 5025 votos, o que corresponde a 13,8% dos votos válidos para vereadores. Além disso, 5 mulheres não tiveram 0 votos. “É uma pena quando isso acontece. São nomes que só são apresentados para cumprir com a cota de 30%. Temos que acreditar na força da mulher. Não podemos apenas colocar o nome a disposição e não lutar por isso. As, mulheres, principalmente, precisam se apoiar mais", destacou Sudene Machado, a mulher mais votada em Mariana, com 603 votos. Patrícia Ramos, única mulher candidata ao cargo do executivo, teve 1847 votos, ficando em 5º lugar. “Para toda mulher, em uma sociedade que ainda tem muitos traços do machismo, tomar a palavra publicamente, participar da política, ainda é algo a ser construído e fortalecido. Temos anos e anos de batalha de várias outras mulheres que passaram antes, mas, ainda assim, a gente vê que existe uma política tradicional,que quer manter a estrutura, inclusive a estrutura machista que se firma. Mas isso tem mudado e por isso que é importante a gente ter essas representações”, destacou Patrícia. ATRASO - Uma lentidão no processamento dos dados no sistema central do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, que recebe todas as informações do Brasil inteiro. De acordo com o TSE “um dos núcleos de processadores do computador que processa a totalização falhou e foi preciso repará-lo”. Em Mariana, a última atualização foi às 23h52. Antes disso, o candidato Celso Cota já comemorava a vitória. De acordo com uma nota divulgada pelo Agência Primaz, a Coligação Avança Mariana, da qual Celso faz parte, havia montado um processo de apuração paralelo, a partir dos boletins de urna, o que fez com que até às 20h, a diferença dos votos em relação ao segundo colocado fosse de mais de 4 mil, uma diferença que não poderia mais ser revertida, segundo a coordenação de Celso.

  • Eleições 2020: entrevista com Roberto Rodrigues e Deyvson Ribeiro candidatos a prefeito de Mariana

    Saúde, educação, mobilidade urbana e moradia, esses são alguns dos temas abordados com os candidatos ao cargo do executivo Roberto Rodrigues tem 58 anos e é economista, formado pela PUC do Rio de Janeiro. Tem MBA em administração financeira pela Ibmec de Belo Horizonte, formação que foi fundamental para a vida pública, pois é preciso entender de economia e administração para se gerar empregos. Entrou para a política em 2007, quando foi convencido, pelo saudoso amigo João Ramos, a se filiar ao PTB. Mais para a frente, quando assumiu a prefeitura, nos últimos 11 meses de mandato, sabia exatamente o que fazer para transformar Mariana numa cidade melhor: trabalhar duro para quem mais precisa. Investiu muito em habitação, em novas obras de infraestrutura e pavimentação. Na Saúde foram mais de 28 mil medicamentos distribuídos e cerca de 23 mil doses de vacina. Na educação, total atenção aos alunos: reforma de 16 escolas, distribuição de computadores e ampliação do Programa de Educação em Tempo Integral. Tomou ações imediatas para antigas demandas e novos projetos. Nunca se fez tanto em tão pouco tempo. Deyvson Ribeiro tem 40 anos e é formado em Enfermagem pela UNIPAC Lafaiete. Deyvson viveu toda a sua infância no distrito de Santa Rita Durão. Muito precocemente, aos 11 anos, começou a trabalhar com seu pai no garimpo, em plantações de arroz, feijão e verduras, roçava eucalipto, além de trabalhar como servente, pedreiro e carpinteiro. Com o falecimento do seu pai, aos 17 anos ele deixa o distrito de Santa Rita Durão e vai para Mariana em busca de oportunidades, agora com a responsabilidade de cuidar e orientar os irmãos mais novos. Foi garimpeiro, garçom, cobrador, recepcionista no Hotel Muller, entregou nas residências marianenses o Jornal Estado de Minas, com a mesma motocicleta entregava pizzas e sanduiches para a Lanchonete e Pizzaria Xororó e medicamentos para a Drogaria Brasil onde, mais tarde, adquiriu a rede das Drogarias Brasil da Primaz de Minas. Como técnico de enfermagem trabalhou na empresa Nafron prestando serviços para o hospital Monsenhor Horta. Trabalhou também na área da mineradora Samarco, na mesma função de técnico de enfermagem. Aprimorando sua carreira na área da saúde continuou a sua formação acadêmica, agora como enfermeiro pela UNIPAC Lafaiete. Com seu deslocamento constante para a faculdade, a visão de comprar uma van logo veio, transportando os amigos de faculdade residentes também de Mariana. Em 2013 começou a expandir os negócios, com base em sua formação acadêmica investiu no seguimento do comércio farmacêutico. A Drogaria Orion é inaugurada em Mariana no mês de novembro. Em 2015 se tornou sócio na Escola Educar, uma parceria com o sistema de ensino Bernoulli para a educação infantil e ensino fundamental. Neste mesmo ano visando o crescimento de sua farmácia fez uma parceria com a rede de Farmácias Americana, onde o empreendimento se tornou referência na Primaz de Minas. Em 2016 a cidade de Mariana passava por uma das suas maiores recessões econômicas, após o rompimento da Barragem de Fundão, o caos do desemprego e fechamento de diversos comércios acontecia neste ano. O Deyvson Ribeiro viu aí uma oportunidade para se tornar uma figura pública e contribuir para com os marianenses se candidatando ao cargo do legislativo de Mariana. Em 2017, apesar de todas adversidades econômicas da cidade, Deyvson Ribeiro continuou firme em seus empreendimentos, adquiriu a autoscola São Cristovão, e expandiu seu negócio farmacêutico adquirindo a rede Drogaria Brasil e incluindo-as na rede Americana. No seu primeiro ano de mandato, como vice-presidente da Câmara de Mariana, legislou na causa do emprego, criando o projeto de lei do Primeiro Emprego e indicando obras importantes com a “Arena Badaró”, entre outras. São inúmeras as obras importantes, que não foram concluídas em Mariana. Quais você pretende priorizar e de que forma? Para mim, a prioridade é UPA, ela é a obra mais importante a ser finalizada. Existe um problema estrutural de fundação que a engenharia pode resolver, mas também existe um problema burocrático de verba já gasto. Temos que ver se há dinheiro a ser devolvido para que, esta obra que já consumiu R$ 5 milhões possa ser finalizada, e a população finalmente possa usufruir. Mariana é uma cidade que depende economicamente da mineração. Quais os planos para diversificar a economia local? Existem várias formas de diversificar a economia, uma delas é o distrito industrial. A outra é incrementar a vocação turística como patrimônio histórico, e ainda uma terceira, que é incentivar o turismo nos distritos. Temos ainda como ponto forte, o turismo ecológico. Mariana é uma cidade rica em trilhas e belezas naturais. Um exemplo disto, é o Parque do Itacolomi, que circunda a cidade, e tem entre 70% da sua área pertencente ao município, inclusive seu pico. Temos o pico da Cartuxa, que é um point procurado para voo livre, e as atrações dos distritos e suas vocações naturais, como o artesanato de pedra sabão, e do sisal. Também a barragem do Barro Branco. Enfim, diversas formas de incentivar o turismo, não só o turismo externo, como interno, com marianenses visitando seus distritos. Já o distrito industrial, deveria ser em um local adequado, às margens da MG 129, entre Mariana e Ribeirão, onde teremos também a expansão habitacional com loteamentos populares e de classe média. Mariana não tem um zoneamento adequado ao comércio, indústria e serviço porque cresceu desordenadamente. Com a implantação e crescimento do distrito industrial, tornaremos a cidade mais turística, teremos um centro mais agradável, e melhoraremos o fluxo do trânsito. A casa própria é o sonho de muitos mariansenses. O que pretende fazer para tornar isso uma realidade para a população? Pretendemos buscar um programa habitacional popular de baixa renda, como em 2012, quando cadastrei e habilitei a cidade de Mariana ao “Minha Casa, Minha Vida” com 1500 casas, para famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos. Preencheremos todos os requesitos para que a cidade se enquadre novamente em um programa habitacional popular. Bairros e distritos enfrentam sérios problemas em relação a falta de água. Alguns moradores, inclusive, relatam que ficam dias sem água. Quais os planos para sanar esse problema? Mariana é uma cidade com um grande potencial hídrico. O que nos falta, é reservatório de água. Nosso reservatório é o mesmo há 50 anos. A população cresceu, e não houve um aumento na capacidade durante esses anos. O que temos são apenas caixas d´agua de bairro, reservadas apenas à distribuição. Precisamos aumentar o reservatório mesmo que seja mais afastado da cidade, através de represa ou não. Com isso, teremos uma reserva adequada para suprir o consumo na época de seca quando os fluxos das nascentes caem, principalmente quando temos queimadas. O mesmo acontece nos distritos de Mariana, que não possuem reservatórios adequados, sendo praticamente todos a fio d'água, o que entra vai sendo consumido. É necessário a implantação de reservatórios maiores para suprir essas deficiências. Em relação mobilidade urbana, existe a polêmica em torno dos valores das passagens e a qualidade dos ônibus. Qual o seu projeto no setor de mobilidade? O transporte é um serviço público, e, portanto, tem que servir à população. A empresa de transporte licitada que detém a concessão, recebe o privilégio de explorar economicamente o transporte da população. O transporte publico necessariamente tem que ser de qualidade e com preços justos, e alcançar todo a municipalidade. Se a licitação não alcançar toda a municipalidade e não contemplar um transporte de qualidade, ela não atende o princípio básico de concessão do transporte público, que tem por premissa atender a população e depois visar o lucro. Quais os planos para a educação e a valorização dos profissionais da área? · Consolidar a educação em tempo integral para todas as escolas, inclusive dos distritos; · Distribuir kits escolares completos e uniformes, mochilas e tênis. · Garantir o funcionamento dos cursos profissionalizantes. · Instalar mais creches nos bairros e distritos, onde existir deficiência de vagas. · Criar novas escolas municipais, dentro do padrão da Escola Inclusiva. · Valorizar os profissionais da educação. Como pretende incrementar o setor do turismo para atrair mais visitantes e empreendimentos? Em primeiro lugar, resolvendo o problema da falta d´agua. A rede hoteleira e restaurantes precisam ter abastecimento constantes e confiáveis, e não podem estar sujeitos a recorrer a caminhões pipas. Um outro ponto importante, que falamos anteriormente, é a criação do distrito industrial, liberando o centro dos prestadores de serviços diários (bancos, lotéricas, etc.). Criando assim, um centro histórico, exclusivamente voltado ao turismo. Precisamos também fomentar o turismo ecológico no entorno da cidade, e nos distritos, explorando as riquezas naturais de forma adequada. Além disso, daremos continuidade aos eventos que já fazem parte do calendário anual de Mariana, e que trazem um fluxo de turistas para cidade. O último reajuste salarial para os servidores municipais foi em 2018, de 4%, um valor abaixo do que deveria. Você pretende compensar os anos em que isso não aconteceu? de que forma e quando? O déficit deve ser calculado, e pensado em como isso vai impactar legalmente as contas públicas, e a possibilidade de recompor o salário dos servidores. Na sua opinião (e nas conversas que tem feito durante a campanha) quais os problemas mais sérios a serem sanados na saúde, em Mariana? Como você pretende efetivá-los? O problema mais sério na área da saúde, é a falta de UTI no hospital. Quando prefeito em 2012, deixei o valor em caixa referente a 10 UTIs, com orçamento já aprovado, para serem concluídas em 2013. O projeto não foi executado, e hoje, por falta de gestão, essas UTIs fazem muita falta para a população. Em relação às invasões, muitas das vezes isso acontece porque em Mariana os lotes não são encontrados a preços acessíveis. Existe algum plano para mudar essa situação? As invasões só acontecem em Mariana porque não existe loteamento popular há mais de 20 anos. Ela não é o problema, é a consequência. O problema está na falta de loteamento, e de uma política habitacional para a cidade que visa atender a população de baixa renda. Quando estive prefeito em 2012, cadastrei e habilitei a cidade de Mariana no programa “Minha casa, minha vida”, de 0 a 3 salários mínimos, para 1502 habitações. Pretendendo buscar um plano habitacional popular para a classe mais necessitada. Na época, o déficit habitacional na cidade girava em torno de 5 mil habitações, sendo que, para a classe de 0 a 3 salários, este déficit calculado pela Caixa Econômica Federal era de 1500 habitações. A solução hoje, é buscar planos habitacionais que atendam a essa classe de renda, de 0 a 3 salários mínimos.

  • PDT tem menos de um mês para recolher assinaturas para requerer referendo sobre o PL 23/2020

    A mobilização está sendo feita pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que busca 2400 assinaturas, o que equivale a 5% do eleitorado da cidade 3 de dezembro, essa é a data limite para solicitar o requerimento do referendo sobre o Projeto de Lei 23/2020, que regulamenta o porte de arma de fogo para a Guarda Municipal de Mariana. A mobilização está sendo feita pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que busca 2400 assinaturas, o que equivale a 5% do eleitorado da cidade, para, em seguida, apresentar o referendo ao chefe do executivo. De acordo com o vereador Geraldo Sales, conhecido popularmente como Bambu, até o momento, foram recolhidas mais de mil assinaturas, o que ainda não totaliza o necessário para requerer o referendo e fazer com que a população seja ouvida em relação ao porte de arma para os agentes da Guarda Municipal. “Acredito na necessidade de ouvir a população marianense, pois estamos falando de um projeto que vai impactar na vida de todos. Temos muitas opiniões favoráveis, assim como temos as de pessoas que não estão de acordo. Democracia é dar direito de voz à todos e, nesse caso, principalmente, a população precisa ser ouvida”, destacou Bambu. Segundo o vereador, as assinaturas estão sendo recolhidas nas ruas e em seu gabinete, localizado na rua Wenceslau Bráz, 598, centro, das 8h às 12h e das 13h às 17h. As pessoas que tiverem interesse em assinar, deverão apresentar o título de eleitor, o que comprova que são eleitores em Mariana. RELEMBRE O CASO - O Projeto de Lei 23/2020 foi votado em reunião ordinária da Câmara de Mariana, realizada no dia 3 de setembro, e aprovado pela maioria dos vereadores, com oito votos favoráveis. Uma semana depois, o projeto foi sancionado pelo prefeito Duarte Júnior e publicado no Diário Oficial do município. A partir daí, o vereador Bambu recorreu a Lei Orgânica Municipal para requerer o referendo de consulta popular sobre a lei. Seu primeiro passo foi solicitar ao presidente da Câmara que o requerimento fosse apresentado em uma reunião de pauta, que aconteceu no dia 21 de setembro, aos demais vereadores, para que todos votassem na possibilidade de que a população pudesse participar na decisão de implantação do projeto a cidade. “Acredito na necessidade de ouvir a população marianense, pois estamos falando de um projeto que vai impactar na vida de todos. Temos muitas opiniões favoráveis, assim como temos as de pessoas que não estão de acordo. Democracia é dar direito de voz à todos e, nesse caso, principalmente, a população precisa ser ouvida”. Após a negação da maioria, tendo em vista que apenas o vereador João Bosco foi favorável ao requerimento, Geraldo iniciou o recolhimento das assinaturas, medida válida de acordo com a lei para a requerer o referendo. OPINIÕES DIVIDIDAS - O armamento da Guarda Municipal dividiu opiniões na cidade. Pessoas que são contra e pessoas que são a favor se mobilizaram em rede sociais, criaram petições onlines e, até mesmo, organizaram manifestações. Alguns dos que são contra, argumentam que a guarda não tem preparado para portar arma. “Os membros da Guarda Municipal de Mariana ainda não estão preparados para usarem armas. Sabe-se do abuso de autoridade de alguns membros da organização sem usarem armas, imagine colocar armas na mão dessa turma despreparada. Falta inclusive habilidade para lidar com pessoas”, publicou um internauta. Os que são a favor, ressaltam a necessidade de armar os agentes, principalmente por questões de segurança. “A Guarda atua na linha de frente ao combate da criminalidade e existe a necessidade de estar bem equipado para atuar perante as demandas/ocorrências de maior complexidade. Para prestar segurança tem que estar seguro também. Se os vigilantes devem ser armados para proteger o patrimônio, imagina o Guarda para proteger o bem maior, que é a vida. O armamento letal nada mais é que uma ferramenta imprescindível para que a Guarda Municipal execute o seu trabalho”, publicou outro internauta.

  • Câncer de Mama: precisamos tocar no assunto

    Por Patrícia França Enfermeira especialista na saúde da mulher Sabemos que é muito difícil conversar sobre uma doença, principalmente quando estamos falando do câncer. Algumas pessoas evitam até o pronunciamento da palavra (câncer) acreditando que o simples falar pode “atrair o mal”, mas precisamos tocar no assunto. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer de mama é a primeira causa de morte por cânceres em mulheres. O mesmo é provocado pelo crescimento desordenado de células da mama que formam um tumor ou invadem outros órgãos. O desenvolvimento da doença pode acontecer bem lento ou rapidamente na sua forma mais agressiva. Entretanto, quando descobertos no início, os casos apresentam uma boa resposta ao tratamento elevando as chances de cura. Motivo pelo qual a prevenção é tão importante. Os cânceres de mama, em sua maioria, são descobertos pelas próprias mulheres durante o autoexame, mas, infelizmente, para muitas conhecer o próprio corpo e tocar nas mamas ainda é um tabu. Com isso, a campanha durante o mês de outubro visa chamar atenção da população feminina para exercitar o autocuidado e desenvolver uma consciência corporal. Vários elementos estão relacionados com o surgimento da doença. O risco aumenta com a idade (principalmente a partir dos 50 anos), contudo, possuir vários fatores não determina definitivamente que a mulher terá a doença, mas exige que esta procure um médico para avaliação e tomada de conduta. Fatores Comportamentais: · Obesidade e sobrepeso. · Sedentarismo. · Consumo de bebida alcoólica. · Exposição frequente a radiações ionizantes (raio x, tomografia e mamografia). Fatores Genéticos: · Historia familiar : câncer de ovário, câncer de mama em homens ou em mulheres com menos de 50 anos). . Historia reprodutiva / hormonal: · Primeira menstruação antes dos 12 anos. · Não ter tido filhos ou primeira gravidez após os 30 anos. · Não ter amamentado. · Menopausa após os 55 anos. · Uso de contraceptivos orais por tempo prolongado. · Uso reposição hormonal pós-menopausa. Quando a mulher apresenta qualquer um dos sintomas descritos abaixo ela deve procurar uma unidade de saúde para avaliação: É possível reduzir o risco do câncer de mama através de alguns cuidados: · Manutenção do peso corporal adequado. · Prática de atividades físicas · Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e · Amamentação Além disso, é fundamental o autoexame das mamas e a realização de mamografia a partir dos 50 anos. Não tenha vergonha, se toque, seja você a protagonista da sua saúde.

  • Eleições 2020: entrevista com Patrícia Ramos e Yuri Gomes, candidatos a prefeito de Mariana

    Saúde, educação, mobilidade urbana e moradia, esses são alguns dos temas abordados com os candidatos ao cargo do executivo Patrícia Ramos tem 31 anos e é natural de Mariana. É formada em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto e possui mestrado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Iniciou sua docência em 2013 e, atualmente, é professora na Escola Estadual Daura de Carvalho Neto, em Antônio Pereira. Moradora do bairro Morada do Sol, filha de Geraldo Silvério, trabalhador da mineração, e Aparecida, dona de casa, iniciou sua militância socialista no PSTU, em 2017, a partir de sua participação na greve da educação estadual. Desde então, ajuda a construir diversas lutas importantes no município e região, como das trabalhadoras e trabalhadores da educação, atuando como Conselheira (descompatibilizada) do Sind-Ute; em defesa das mulheres, pelo Movimento Mulheres Em Luta (MML); e no combate ao racismo. Professor Yuri tem 32 anos, é formado em História, pela Universidade Federal de Ouro Preto, e é professor da rede estadual desde 2013. Iniciou sua trajetória profissional na Escola Estadual Dom Benevides e, atualmente, ministra aulas na Escola Estadual Professor Soares Ferreira. Enquanto estudante da universidade, participou ativamente do movimento estudantil e esteve na organização das manifestações de Junho de 2013 na cidade. Foi nesse período que iniciou sua militância política no PSTU, sempre colaborando com as lutas da juventude, dos trabalhadores e trabalhadoras da educação assim como da mineração a partir da CSP-Conlutas e da redação do boletim Operários EM MOVIMENTO. São inúmeras as obras importantes, que não foram concluídas em Mariana. Quais você pretende priorizar e de que forma? Antes de qualquer proposta, precisamos falar que vamos construir Conselhos Populares com moradores e trabalhadores de Mariana, com eleição (e mandatos revogáveis) de representantes de categorias, bairros e distritos para discutirmos coletivamente sobre as demandas e os recursos da cidade. Sobre as obras inacabadas, por exemplo, a população pode discutir e definir quais as obras que não foram terminadas pelos governos anteriores e que precisam ser priorizadas. Nós achamos que existem duas obras que escancaram o descaso do poder público sobre os serviços básicos da cidade, sobretudo com relação à saúde, que mostrou estar ainda mais debilitada na cidade com esta pandemia. O terreno da nova prefeitura, com bases já construídas faz tempo, está desperdiçado. Pretendemos, a partir dessas bases, construir um Hospital Regional de Especialidades Médicas com Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Além disso, vamos dar sequência à obra da UPA do bairro São Pedro. Mariana é uma cidade que depende economicamente da mineração. Quais os planos para diversificar a economia local? Como nossa política é voltada para a classe trabalhadora da cidade, é uma preocupação o desemprego e a falta de perspectiva para nosso povo. E isso tem muita relação, com a conivência da prefeitura até então, com o tipo de mineração predatória que tem seus recursos voltados para enriquecer uma meia dúzia e não melhorar a vida da população. A partir dela mesma pode surgir recursos para promover a diversificação da economia em Mariana. Por isso, vamos continuar defendendo uma mineração estatal, sob controle dos trabalhadores e com apoio da comunidade, para que, nos conselhos populares, os recursos discutidos e voltados para nossa realidade, sendo uma delas essa própria diversidade econômica. A partir disso, pretendemos fortalecer o turismo, como vamos abordar na questão 8, mas também fortalecer o pequeno comércio e a agricultura local, com a criação do Fundo de Amparo aos Pequenos Empresários e Agricultores. A casa própria é o sonho de muitos marianenses. O que pretende fazer para tornar isso uma realidade para a população? Toda cidade que tem um mínimo de gestão aplicada ao desenvolvimento urbano, contempla a expansão territorial e de loteamentos em seu plano diretor. Porém, a retenção da posse de grandes áreas “improdutivas” na região de Mariana, concentrada apenas nas mãos de 4 blocos econômicos (Companhia Mina de Passagem, Vale S.A., Prefeitura de Mariana e Igreja Católica) trouxe, por décadas, a “mega” valorização dos imóveis na região, penalizando as famílias mais pobres e provocando a marginalização dessas pessoas, em ocupações (invasões) sem a mínima condição de qualidade de vida. A proposta apresentada pela atual gestão, Duarte Júnior e Newton Godoy, além de não resolver o problema, entrega o suado dinheiro do marianense ao mercado da construção civil e aos bancos. Por isso, temos como proposta a expropriação para fins sociais das grandes áreas sem uso e criação de um amplo conjunto de moradias populares, regularização de todas as ocupações (invasões), isenção de IPTU para famílias de renda até 2 salários mínimos e revisão desse imposto para que seja progressivo e justo. Bairros e distritos enfrentam sérios problemas em relação a falta de água. Alguns moradores, inclusive, relatam que ficam dias sem água. Quais os planos para sanar esse problema? O maior desafio mundial que será enfrentado neste século, é a gestão dos recursos hídricos. E Mariana, não está escape disso. Mas temos uma vantagem com relação ao resto do mundo: água abundante em nossas nascentes. No entanto, é necessário que a população administre este bem tão precioso, a partir dos conselhos populares. É necessário o controle popular sobre a gestão do SAAE, com participação inclusive de seus funcionários. Por isso que o nosso programa é a apresentação e aprovação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular: Água é um Direito! Precisamos de reservas para o período de estiagem. A criação da Unidade De Preservação Ambiental e Captação de Água na Mina Delrey surge também com esse objetivo. Precisamos de gratuidade para o povo, não devemos pagar por um direito. Somos, portanto, contra o TBO. E pretendemos instalar macrômetros por região da cidade para análise da vazão d’água e aplicação de IPTU VERDE. Precisamos que o saneamento básico atinja toda da população, porque isso é saúde, isso é qualidade de vida, isso é meio ambiente ecologicamente equilibrado. Em relação mobilidade urbana, existe a polêmica em torno dos valores das passagens e a qualidade dos ônibus. Qual o seu projeto no setor de mobilidade? O problema e que a mobilidade urbana na o e vista como um direito e sim como um acorda o entre prefeitura, Câmara e empresário da cidade. Assim, a Transcota aumenta os valores das passagens, precariza a vida de seus trabalhadores (na o podemos esquecer nunca da covardia de demitir cobradores e aumentar o trabalho dos motoristas) e entrega um serviço péssimo para a populaça o. Por isso, nós proporemos o fim da licitação com a Transcotta e a criação de uma “Empresa Pública Municipal de Transporte” de administração de seus trabalhadores e usuários de transporte público, submetida aos conselhos populares, garantindo gratuidade nas passagens, mais rotas (principalmente para distritos) e acessibilidade. Além disso, temos como plano ampliação e melhoramento das vias para os distritos e bairros populaça o. Isso faz parte, inclusive do plano de obras públicas, a partir da criação da Empresa Pública de Construção Civil, que também estará na discussão dos conselhos populares. Quais os planos para a educação e a valorização dos profissionais da área? A educação, como todos os serviços públicos de direitos das trabalhadoras e trabalhadores da cidade, tem sido atacada cotidianamente, com diminuição das verbas para a área, com falta de concurso, com revisa o de processo seletivo, rebaixando o sala rio dos trabalhadores. Além disso, da maneira como a prefeitura mantém a direção das escolas por indicação, retira o cara ter democrático do processo e na o permite que a comunidade escolar decida que vai estar a frente da gesta o. Por isso, planejamos ampliar e melhorar o sistema municipal de ensino, reformando e construindo escolas, gerando aumento de turmas para garantir a redução de 50% do nu mero de alunos por sala. Além disso, precisamos melhorar a remuneração dos trabalhadores da educação. Queremos também discutir conjuntamente com a comunidade escolar (trabalhadores da educação, estudantes e família) um Novo Plano Educacional Politécnico de Mariana, integrado ao mundo do trabalho e que incorpore a luta contra o machismo, racismo e LGBTfobia. E vamos promover eleições democráticas para as diretórias de escolas municipais e gesta o participativa nas unidades escolares. E por falar em organização democrática, essa discussão sobre aplicação dos recursos para a área será ponto de discussão e definição a partir dos conselhos populares. Como pretende incrementar o setor do turismo para atrair mais visitantes e empreendimentos? Mariana é uma cidade muito rica de história. Somos cidade primaz, mas, com o crime da Samarco, ficamos conhecidos pela cidade da lama. Precisamos investir no turismo, proteger o patrimônio histórico e cultural, garantindo acesso da própria população a essa riqueza. E que ela gere trabalho também. Vamos lutar para Mariana ser considerada como Patrimônio Histórico da Humanidade. Vamos construir, nos conselhos populares, com a população, mas sobretudo com artistas, técnicos e pequenos empresários do turismo, um Plano escolar e domiciliar de Educação Patrimonial, garantindo acesso à população pobre e trabalhadora ao nosso patrimônio. Não só a sede da cidade é rica de história. Nossos distritos também e precisam de estrutura para que eles também sejam visitados e conhecidos. Por isso, queremos ter uma atenção especial para fortalecer o turismo nos distritos, com estrutura para as festas e os festivais dos distritos. O último reajuste salarial para os servidores municipais foi em 2018, de 4%, um valor abaixo do que deveria. Você pretende compensar os anos em que isso não aconteceu? De que forma e quando? O desmonte dos serviços públicos e um projeto dos governos para fortalecer, na verdade, o serviço privado. Então, precarizam a saúde pública, a educação, a assistência social. Tudo isso para que as empresas privadas de cada setor disputem e ganhem mais espaço para explorar das trabalhadoras e dos trabalhadores. Essa falta de reajuste salarial faz parte de projeto de desmonte, faz parte da desvalorização dos servidores públicos. Por isso, temos sim que reajustar o sala rio dos servidores e servidoras da prefeitura. Proporemos ao conselho popular, o cancelamento do PCCV e a criação de um Novo Plano de Cargos e Carreiras mais justo e benéfico para os trabalhadores. Com a Auditoria Popular que estamos propondo vamos saber a realidade das contas e despesas da Prefeitura para traçar esses planos. Não podemos esquecer que, com a Reforma Administrativa sendo imposta pelo governo federal de Bolsonaro e seus comparsas, vamos colocar a prefeitura a serviço da luta dos servidores públicos para barrar mais esse ataque. Na sua opinião (e nas conversas que tem feito durante a campanha) quais os problemas mais sérios a serem sanados na saúde, em Mariana? Como você pretende efetivá-los? Corrupção, água, moradia e saúde. São esses os problemas que mais têm aparecido nas conversas com as moradoras e moradores da cidade. Sobre água, moradia e saúde, nós já falamos nas outras perguntas, por isso, aqui, vamos desenvolver um pouco mais sobre a questão da corrupção, mas também dos privilégios políticos. A corrupção é a retirada descarada dos recursos da população que são direcionados para o enriquecimento de uns e outros. É crime! Por isso, nós vamos a fundo no combate a essa prática. Os representantes eleitos para o o conselho popular terão seus mandatos revogáveis caso os moradores por maioria decidam que ele não os representa mais. Além disso, vamos propor a Auditoria Popular das contas públicas para cancelar tudo o que seja prejudicial para a população marianense. Se for constatada corrupção, vamos exigir, política e judicialmente, a prisão e o confisco dos bens de corruptos e corruptores. Achamos também que política não deve servir para enriquecimento. Vamos acabar com os privilégios políticos, propondo a redução de salários, da prefeita, do vice, dos vereadores e dos cargos da prefeitura para o mesmo valor do salário de uma professora do município. Se é para aumentar o salário, que seja do povo trabalhador. Em relação às invasões, muitas das vezes isso acontece porque em Mariana os lotes não são encontrados a preços acessíveis. Existe algum plano para mudar essa situação? Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito. Defendemos e vamos apresentar a proposta de regularização de todas as ocupações urbanas da cidade, promovendo, inclusive estrutura para os moradores, fortalecendo e revisando o REURB. Vamos também expropriar para interesse público as terras ociosas da Mina da Passagem e também das mineradoras para fim social. Junto a isso, propomos um plano a construção de conjuntos populares habitacionais. Os conselhos populares têm que ter essa realidade de moradia como ponto de discussão constante para garantir esse direito às trabalhadoras e trabalhadores da cidade.

  • Alimentação saudável durante a pandemia

    Por Mislany Pereira de Oliveira Graduada em Nutrição pela Faculdade Santa Rita-FASAR No novo cenário em que vivenciamos o isolamento social, as mudanças proporcionadas podem trazer preocupações e consequências à nossa saúde (física e mental), principalmente em se tratando do tema alimentação. É natural, que quando em casa, as pessoas tendem a “atacar” a geladeira e os armários com mais frequência por motivos diversos, sejam eles: a fome , a ansiedade, para passar o tempo assistindo um filme/seriado, mexer em redes sociais, dentre outros diversos motivos. Ocorre que a sensação de prazer que a comida proporciona ao ser humano, faz com que esses abusos se tornem recorrentes, principalmente no consumo de fast foods, alimentos ricos em açúcares, frituras e outros, que tem aumentado significativamente durante a pandemia do Covid-19, segundo uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada em agosto deste ano. Isso tem se tornado uma preocupação, pois as consequências são perceptíveis a curto prazo, como mostra uma outra pesquisa da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Segundo a pesquisa, 4 a cada 10 brasileiros tem um ganho médio de peso de cerca de 2.8kg somente no período da pandemia. Outra consequência é o descontrole da glicemia, do colesterol, da pressão arterial dentre outros. Como consequência, todo este quadro pode levar o organismo a um quadro de baixa imunidade, o que representa um agravante das condições de exposição do indivíduo, numa situação de contágio pelo novo coronavírus. Com o intuito de garantir um equilíbrio na alimentação e, consequentemente, na saúde como um todo, é necessário que a pessoa defina quando é a fome “física” da fome “emocional”. A saber, fome física é aquela destinada a suprir seu organismo com todos os nutrientes básicos (necessidade). Sua falta causará fraqueza, tonturas e etc, indicando que o corpo precisa de alimento. Já a fome emocional, é aquela em que o indivíduo busca suprir um desejo, um alívio, e já não mais uma necessidade fisiológica (física do corpo), é comer buscando constantemente satisfazer um prazer ou para se esquivar dos problemas, por ansiedade, por medo, enfim. Uma boa dica para saber distinguir uma fome física (necessidade) de uma emocional (desejo), é fazer uma pergunta básica sem burlar sua própria resposta: Estou com fome ou estou com vontade de comer? Se a resposta for “vontade”, resista. Seja mais forte que seu ímpeto e não tenha a comida como um troféu de recompensa e não se engane. Hoje em dia, existem várias “dietas milagrosas” ao alcance de um clique, porém, a maioria delas podem causar danos à sua saúde emocional ou física, como irritação, quadros depressivos, mau humor, fraqueza, tonturas, desmaios, entre outros. A sugestão para reverter essa situação sugere-se algo que só dependerá de você e de sua disciplina, que é o que conhecemos como reeducação alimentar. Aproveite esse momento para começar essa mudança, pois, mais tempo em casa, suspeita-se que você tenha mais tempo para pensar e planejar o que vai comer em cada refeição, quando que essa refeição deve ocorrer e, principalmente, senso crítico para definir se o que vai consumir é realmente saudável. Algumas dicas que podem auxiliar: ● consumir aproximadamente 2 litros de água por dia; ● fazer, no mínimo, 30 minutos de atividade física diariamente; ● consumo de doces, apenas como sobremesa e em pequenas quantidades; ● consumir diariamente de 2 a 3 frutas variadas ; ●consumir bastante salada (preferencialmente crua) em todas as maiores refeições (almoço e jantar), independente do cardápio; ● evitar, ao máximo, o consumo de fast food e alimentos ricos em açúcares e gorduras; ● evitar o consumo de comidas processadas/industrializadas. Toda mudança deve ocorrer de dentro para fora e, principalmente, sem exageros.

  • Eleições 2020: entrevista com Newton Godoy e Tenente Freitas, candidatos a prefeito de Mariana

    Saúde, educação, mobilidade urbana e moradia, esses são alguns dos temas abordados com os candidatos ao cargo do executivo Newton Godoy nasceu e foi criado em Mariana. Engenheiro Civil, formado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), possui 42 anos de vida pública. Em 1977 fez concurso na prefeitura de Mariana, onde começou a trabalhar como estagiário e em pouco tempo - em função do seu empenho e capacidade – tornou-se peça fundamental no setor. Em 1979 quando se formou, saiu da prefeitura e, em 1980 fundou a empresa MARCEL, primeira empresa de engenharia de Mariana, tendo como sócio o Jornalista e Prof. da UFOP, Luiz Fernando Loureiro. Em 1983, quando o sócio Luiz Fernando Loureiro precisou se dedicar a carreira acadêmica, Newton também foi convidado a seguir carreira acadêmica, mas preferiu trilhar outro caminho e então encerram as atividades da empresa MARCEL. Logo em seguida Newton é convidado para por João Ramos para ser o primeiro Diretor de Obras no município de Mariana, com autonomia total e poder de decisão dentro das atribuições da pasta. Dentro dessas decisões e projetos, Newton idealizou e geriu as principais obras estruturais do município, entre elas: construção do terminal turístico no centro da cidade, reforma do Fórum, construção do atual prédio da prefeitura, construção da Rodoviária, construção do Ginásio Poliesportivo. Além disso, participou da construção de bairros, entre eles: Vila Sapo, Rosário, Santo Antônio, São Sebastião, Cabanas, Vila Maquiné e Cruzeiro do Sul. Esteve também a frente da construção de escolas rurais em Santa Rita e Maynard, além de muitas obras de asfaltamento, como a ligação com Cachoeira do Brumado, preservado até hoje. Um grande feito foi também a construção de 2.200 casas populares e luz elétrica para quase todos os distritos de Mariana à época. Newton sempre se preocupou com o desenvolvimento do lazer e do esporte, construindo diversos campos de futebol e quadras poliesportivas, incluindo o antigo Ginásio Poliesportivo, o Campo Municipal (onde hoje é o CEMPA) e quadras de esporte em várias escolas. Em 1996, foi escolhido como o candidato a prefeito do grupo político do ex-prefeito João Ramos Filho. Por divergências políticas a chapa foi derrotada por míseros 26 votos pelo ex-prefeito Cássio Brigolini Neme, representante do grupo político conhecido como "direita", antagônico ao Grupo político do ex-prefeito João Ramos Filho. Depois da eleição de 1996, Newton se desligou do serviço público e mudou-se para a capital mineira, onde passou a atuar na iniciativa privada, iniciando uma história de grande sucesso profissional como engenheiro e executivo. Nesses 20 anos de vida privada em Belo Horizonte, Newton realizou obras importantes para o estado, como, por exemplo, a construção Escola Guignard, do Estádio Mineirão, da reconstrução da Arena Independência e da construção da estrada de ligação Mariana x Ouro Preto. Em 2011, sem se desvincular das suas atividades na iniciativa privada, Newton voltou ao serviço público, quando foi nomeado como assessor especial do governo interino do vereador Geraldo Sales (Bambu), à época presidente da Câmara Municipal de Mariana. Em 2016, foi convidado pelo prefeito Duarte Júnior para ser seu companheiro de chapa como candidato a vice-prefeito. A chapa foi eleita com um recorde: mais de 75% dos votos válidos. No governo de Duarte Júnior, Newton exerceu papel preponderante em projetos estruturantes do governo municipal. Porém, a atuação de Newton foi prejudicada pela pequena capacidade de investimento enfrentada pelo Governo de Duarte Júnior, marcado pelas repercussões negativas do rompimento da barragem de Fundão e, posteriormente com a crise econômica resultante da pandemia da COVID-19 que assola o país. Em agosto de 2020, em viagem oficial do atual prefeito à Inglaterra, Newton assumiu as funções de prefeito e, em apenas 18 dias foi responsável por ações importantes no município: assinou a escritura do terreno que compõem o Plano Habitacional, assinou o contrato para troca da iluminação da cidade para LED, acertou o repasse de recurso da RENOVA para construção do Plano Habitacional, firmou decreto de adesão do Minas Consciente com Governo do Estado de MG, retomou as obras de cabeamento subterrâneo para iluminação pública e firmou carta de intenção com os municípios de Ouro Preto e Itabirito para construção de um Corredor de Inovação Tecnológica. Em função da pandemia, contratou estudo para construção de shopping virtual para atender o comércio da cidade, autorizou a antecipação do 13º salário para os servidores públicos, uma ação facultativa que injetou 4,5 milhões no comércio local e, revitalizou o cartão de compras do funcionário público. Hoje, Newton se apresenta como candidato a prefeito com o compromisso de trazer para Mariana toda sua experiência como gestor político e, executivo de grande sucesso. Com ideias claras e muita força de vontade mudar Mariana e levar a cidade a um novo patamar. Para restabelecer a confiança entre o cidadão e o poder público através da competência, da experiência e da honestidade. Antônio Marcos Ramos de Freitas, 45 anos, mais conhecido como Tenente Freitas, nasceu em Cachoeira do Brumado, distrito de Mariana. Freitas é Primeiro Tenente reformado pelo Exército Brasileiro, onde permaneceu por dez anos. Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de Trânsito, além disso possui diversos cursos, entre eles, destaca-se o curso de Combate ao Uso de Drogas, tema que já foi levado por ele a centenas de jovens, em escolas e empresas. Além da atuação profissional, Tenente Freitas está no seu segundo mantado de vereador, tendo sido presidente da Câmara Municipal nos anos de 2015 e 2016. Freitas se destaca no legislativo, tanto pela coerente atuação política, quanto pelo fato de ser um vereador presente e nunca ter se ausentado de reunião de Câmara. Hoje, é candidato a vice-prefeito ao lado de Newton Godoy, por quem tem grande respeito e admiração e, destaca que durante sua caminhada, a lealdade e o compromisso serão conceitos indispensáveis, tanto para com Newton, quanto – principalmente – para com a população marianense. São inúmeras as obras importantes, que não foram concluídas em Mariana. Quais você pretende priorizar e de que forma? Vamos priorizar o tratamento da água e do esgoto de sede e dos distritos, para resolver de forma definitiva a questão do saneamento básico. Na área da saúde realizaremos a conclusão do Centro de Saúde da Gameleira, da UBS do Rosário e do bairro Colina. Vamos também concluir o Programa de Eletrificação do Centro histórico da cidade e do Laticínio municipal. Mariana é uma cidade que depende economicamente da mineração. Quais os planos para diversificar a economia local? Temos várias propostas para a diversificação econômica, principalmente voltadas para o fomento de novos negócios locais, fazendo a economia girar. Podemos citar o Projeto “Ilha de Educação e Inovação”, com a construção e implantação de uma Unidade Municipal de Empreendedorismo e Inovação no bairro Cabanas. O objetivo é orientar os novos negócios, qualificar mão de obra para o empreendedorismo e dar suporte técnico a inovação e viabilidade econômica de iniciativas geradoras de emprego e renda. Com o Programa “Cada Família, um Negócio” vamos instituir um programa de incentivo ao empreendedorismo em áreas de manufatura, processamento de alimentos, artesanato, agricultura e serviços, oferecendo capacitação, apoio tecnológico e financiamento. Os distritos também receberão nossa atenção, criaremos Centros de Artes e Ofícios e também locais voltados para a Inovação e o Desenvolvimento Rural. A casa própria é o sonho de muitos mariansenses. O que pretende fazer para tornar isso uma realidade para a população? Ainda como vice-prefeito, fui responsável pelo maior plano habitacional da história de Mariana. Ao final do empreendimento, cerca de 1600 famílias conseguirão comprar sua casa própria, com três quartos, sala cozinha e banheiro e espaço para garagem, a preços reduzidos. Como prefeito vou fazer mais, realizando a ampliação do programa de construção de unidades habitacionais na sede e nos distritos. O Programa “Mãos Solidárias”, já conhecido pela comunidade, será readequado, contribuindo para reformas de moradias e melhorias habitacionais na sede e nos distritos. Manteremos também o REURB, programa que regulariza locais que são frutos de ocupações desordenadas na sede e nos distritos. Bairros e distritos enfrentam sérios problemas em relação a falta de água. Alguns moradores, inclusive, relatam que ficam dias sem água. Quais os planos para sanar esse problema? Esse é um problema antigo e o sistema entrou em colapso nos últimos anos em virtude do crescimento do consumo em virtude do crescimento da população. Esse crescimento deveria ter sido acompanhado por investimentos no aumento das captações e capacidade de armazenamento da água. Porém, isso não aconteceu, porque quando a cidade tinha capacidade de investimento eles não foram feitos. Após o rompimento da barragem de Fundão, o município perdeu receitas, o que impediu a realização dos investimentos. Agora, contanto, estamos recuperando as receitas e a capacidade de investimento. Eu sou engenheiro, sei como resolver essa questão definitivamente. Com recursos, com toda certeza, teremos todas as condições para fazer o que sabemos fazer de melhor. Em relação mobilidade urbana, existe a polêmica em torno dos valores das passagens e a qualidade dos ônibus. Qual o seu projeto no setor de mobilidade? Vamos realizar ampla discussão sobre o sistema municipal de transporte urbano, visando fortalecer o controle social e a melhoria dos serviços de transporte coletivo. Outra medida, que será mais efetiva a curto prazo, é a abertura imediata de uma licitação do serviço de transporte urbano, com foco na redução da tarifa e melhoria da qualidade do serviço. Quais os planos para a educação e a valorização dos profissionais da área? Vamos fortalecer o ensino público, dando recursos, ferramentas e suporte para os alunos aprenderem, para que eles recebam um ensino de qualidade. Com relação aos profissionais da área, eles merecem muito reconhecimento pelo trabalho realizado. A nossa futura administração sempre buscará a melhoria das condições de trabalho e remuneração. Como pretende incrementar o setor do turismo para atrair mais visitantes e empreendimentos? As propostas do turismo se enquadram em vários eixos. Mariana é um local que contém muitas manifestações culturais, com escritores, corporações musicais, artesanato, patrimônios imateriais. A cidade também detém uma vasta rede de museus e locais históricos. Vamos então criar programas de apoio a todos esses espaços e locais, para fortalecer ainda mais nossa cultura e, assim, fomentar o turismo. Além disso, vamos investir bastante no Ecoturismo, aproveitando o potencial enorme que temos. Podemos citar, por exemplo, a criação do Circuito Turístico da Cachoeira do Ó em Águas Claras, com despoluição do manancial, demarcação das trilhas e instituição do espaço de lazer e esporte. Vamos recuperar o espaço ambiental da Cachoeira do Brumado, com a despoluição do manancial e adequação do uso recreativo do local. O último reajuste salarial para os servidores municipais foi em 2018, de 4%, um valor abaixo do que deveria. Você pretende compensar os anos em que isso não aconteceu? de que forma e quando? O nosso governo empreendera uma política de valorização dos servidores para promover as adequações e reajustes salariais. Com as receitas que o município voltou a receber, temos o que é preciso para valorizar ainda mais os nossos servidores. Na sua opinião (e nas conversas que tem feito durante a campanha) quais os problemas mais sérios a serem sanados na saúde, em Mariana? Como você pretende efetivá-los? A saúde tem uma boa oferta de serviços e qualidade, mas sempre é possível melhorar, especialmente em relação à atenção primária. Por isso, vamos fortalecer e ampliar as equipes de Saúde da Família, serviços de vigilância sanitária, epidemiológica e equipar ainda mais as unidades básicas de saúde. Em relação às invasões, muitas das vezes isso acontece porque em Mariana os lotes não são encontrados a preços acessíveis. Existe algum plano para mudar essa situação? Vamos promover uma política habitacional capaz de dar respostas imediatas aos crescimentos das ocupações irregulares com a oferta de produtos habitacionais acessíveis a todas as camadas sociais, incluindo a oferta de terrenos em áreas urbanizadas.

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